O Grande Oriente do Brasil – Paraná, que atua no nosso Estado desde 1837, divulga o manifesto que segue em PDF e também em texto direto no WhatsApp. A Instituição representa 141 Lojas Maçônicas do Paraná e milhares de membros. O documento trata sobre a necessidade de equilíbrio na tomada de decisões, preocupação com os reflexos econômicos gerados por medidas de contenção ao novo Coronavírus e apresenta proposição de soluções.
Esse manifesto está sendo encaminhado para o Governo Estadual, Assembleia Legislativa, Tribunal de Justiça, Ministério Público Estadual e também deve ser enviado pelas Lojas Maçônicas para as Prefeituras, Câmaras de Vereadores, Fóruns da Justiça Estadual e Ministério Público Estadual local.
Estamos à disposição para solucionar dúvidas e atender demandas específicas.
MANIFESTO PÚBLICO DO GRANDE ORIENTE DO BRASIL – PARANÁ
CORONAVÍRUS: EQUILÍBRIO NA TOMADA DE DECISÕES, PREOCUPAÇÃO COM OS REFLEXOS ECONÔMICOS E PROPOSIÇÃO DE SOLUÇÕES
O Grande Oriente do Brasil – Paraná, federado ao Grande Oriente do Brasil que atua no nosso Estado desde 21 de março de 1837, entidade jurídica legalmente constituída e ativa, representando 141 Lojas Maçônicas do Estado do Paraná com milhares de associados, manifesta publicamente apoio às autoridades competentes das esferas estadual e municipais, nas providências para a prevenção à pandemia do novo Coronavírus (COVID-19) e seus reflexos econômicos, e pede atenção nas medidas tomadas e a serem tomadas pelos órgãos governamentais.
Ressaltamos o papel da Maçonaria na defesa de uma sociedade mais justa e perfeita, sempre tendo em seu horizonte de atuação os princípios basilares da Liberdade, Igualdade e Fraternidade. Destacamos, também, que é missão de nossa Instituição atuar como protagonista na construção de pontes que permitam o progresso social e individual. Vale ainda ponderar o compromisso da Maçonaria com o Estado Democrático de Direito e com os ideais republicanos que devem nortear nosso país.
Desta forma, levando em conta o atual quadro formado pela pandemia do novo Coronavírus (COVID-19) e o papel social do Grande Oriente do Brasil – Paraná, cordialmente encaminhamos as seguintes considerações:
1) Reconhecemos e elogiamos os esforços do Governo do Paraná e das prefeituras em conter o avanço da doença, visando preservar, principalmente, o grupo que apresenta maior risco de letalidade e agravamento. É dever do Estado a garantia da saúde da população, inclusive em momentos excepcionais como esse provocado por essa nova doença viral. Compreendemos o papel relevante das áreas técnicas que compõem os governos e cremos na qualidade dos estudos desenvolvidos para tomada de decisões. A ciência sempre merecerá respeito e apoio.
2) Ponderemos que é preciso equilíbrio nas ações governamentais, principalmente as que impactam diretamente na economia. As empresas de todo o país ainda tentam se recuperar de crises anteriores e se encontram, em sua maioria, em situação financeira delicada. Não é concebível transferir para as empresas e trabalhadores o ônus de eventual ineficácia estatal na contenção do vírus ou no amparo aos infectados. A classe empresarial cumpre suas obrigações para com o Estado, por meio das altas cargas tributárias, esperando justamente que esses recursos sejam usados para as obrigações básicas dos governos, como é o caso da saúde pública. A possível falta de leitos, neste momento, pode ser reflexo de políticas públicas equivocadas, não havendo razão para penalizar o setor empresarial e a classe trabalhadora, com medidas que possam agravar ainda mais a situação econômica do país.
3) Pedimos que o governo estadual e municipais, bem como poderes legislativos das duas esferas, deem o exemplo, cortando salários dos cargos políticos, e bloqueando despesas de custeio de viagens, alimentação, diárias, entre outros. Além disso, solicitamos que haja adiamento de pagamento de impostos e taxas a fim de aliviar o caixa das empresas para que possam honrar seus compromissos com fornecedores e colaboradores.
4) Entendemos que, após as medidas iniciais de isolamento e distanciamento social, já há reflexos duros no aspecto econômico e é preciso socorrer e amparar as empresas que necessitarem. Este apoio precisa ser real e efetivo. Linhas de crédito são uma das ferramentas, mas não devem ser as únicas. Os governos precisam colocar suas equipes econômicas para o desenvolvimento de ações de curto, médio e longo prazos, que efetivamente representem apoio aos setores atingidos.
5) Sugerimos que, na medida do possível, com base em orientações técnicas de profissionais da saúde, haja restabelecimento gradual do funcionamento de empresas, com a adoção de cuidados e fiscalizações evitando aglomerações e outros fatores que possam contribuir para a proliferação do novo Coronavírus.
6) O Grande Oriente do Brasil – Paraná está à disposição para integrar discussões ou comitês criados para discussão e elaboração de ações visando o setor empresarial e a classe de trabalhadores. As Lojas Maçônicas, espalhadas pelo Paraná, também têm atuado em suas cidades, procurando contribuir para que a doença seja contida, e também envidando esforços para o menor impacto econômico e social.
Feitas estas considerações, reiteramos o respeito por todas as autoridades constituídas, eleitas democraticamente, lembrando sempre do compromisso para com o povo, soberano, hoje e sempre.
Luís Mário Luchetta
Grão-Mestre do GOB-PR
José Edson Haesbaert
Grão-Mestre Adjunto do GOB-PR