O governo da Argentina vai restringir a entrada de cidadãos que deixaram o país após o dia 13 de março, quando foi decretada a quarentena e isolamento da população para conter a circulação do Covid-19.
De acordo com o setor de migrações do país, entre os dias 13 e 22 de março, 20.189 argentinos deixaram o país pelo Aeroporto Internacional Ezeiza, na grande Buenos Aires. Destes, 13.232 pessoas viajaram à regiões consideradas de risco de infecção pelo novo coronavírus, como o Brasil, para onde foram 8.741 argentinos neste período.
A Casa Rosada estima que sejam mais de 30 mil egressos levando em conta demais aeroportos e fronteiras do país.
um dos pontos de migração foi a Ponte Internacional Tancredo Neves, entre Puerto Iguazú e Foz do Iguaçu, onde nesta semana reingressaram 361 pessoas. Depois do Brasil, o local mais procurado pelos argentinos desde o início da quarentena foi o Chile, Espanha e Perú.
A saída dos argentinos do país após o anuncio das medidas foi reprovada pelo prelo próprio presidente, Alberto Fernández. “No dia 13 de março eu avisei aos argentinos que havia uma pandemia. Depois disso saíram mais de 20 mil e parte deles me pedem para traze-los com urgência”.
Os que decidem voltar à Argentina se submetem à controles sanitários da Diretoria Nacional de Migrações, assim que chegam às aduanas. Para os que chegam por meios dos aeroportos em Buenos Aires, as medidas são ainda mais restritivas. Os regressos são obrigados afazer um isolamento em hotéis por duas semana, evitando o contato com outras e eventual transmissão do vírus.