Porta de entrada do reservatório da Itaipu, a região de Guaíra é estratégica para a binacional no que diz respeito a ações de conservação de áreas protegidas, monitoramento de sedimentos e no relacionamento com as comunidades do entorno, especialmente pescadores, indígenas e produtores rurais. Nesta manhã de segunda-feira (16), o diretor-geral brasileiro, general Joaquim Silva e Luna, e o diretor de Coordenação, Luiz Felipe Carbonell, verificaram pessoalmente algumas dessas atividades.
Os diretores se deslocaram de helicóptero a partir de Foz do Iguaçu. No caminho, sobrevoaram as áreas protegidas (faixa de proteção e refúgios) mantidas pela Itaipu na margem brasileira. No Refúgio Biológico Bela Vista, em Foz, a empresa mantém um banco de sementes de espécies nativas e produz mudas que são utilizadas para a restauração florestal nas regiões próximas ao reservatório.
Uma das áreas recuperadas forma o que é hoje o Refúgio Biológico Maracaju, localizado no Mato Grosso do Sul e que é de gestão binacional. Criado em 1982, os 1.356 hectares do Maracaju correspondem a uma faixa de terra fronteiriça que era alvo de litígio entre Brasil e Paraguai. A área estava bastante degradada, mas foi quase inteiramente recuperada pela Itaipu. Além disso, a empresa tem planos para abrir o espaço à visitação turística, no futuro.
O Refúgio Maracaju foi o ponto de chegada dos diretores da Itaipu. Ali, eles conheceram o trabalho de restauração e a infraestrutura local. Silva e Luna plantou, ainda, uma muda de palmito em uma área recém-recuperada. “Com este sobrevoo, e também estando aqui pessoalmente, é possível ter uma visão de como nós cuidamos bem do meio ambiente e do nosso patrimônio. E como temos gente preparada e comprometida para cuidar de tudo isso”, afirmou o diretor.
Além do Maracaju, os diretores da Itaipu visitaram o escritório da empresa em Guaíra, onde receberam mais explicações dos técnicos e se reuniram com o prefeito, Heraldo Trento. “Qualquer diretor-geral da Itaipu tem que conhecer Guaíra, que é o berço da usina, é onde chega a maior parte da água usada para gerar energia”, comentou o diretor. “Estivemos conversando e vendo as necessidades locais, particularmente na área de segurança, que é também uma preocupação para a Itaipu”.
Para Carbonell, a visita tem dois aspectos principais: em primeiro lugar, o contato direto com o pessoal que está na “ponta da linha e faz um trabalho árduo, diuturno na manutenção de nossa faixa de proteção e dos nossos refúgios; e, em segundo, para ter conhecimento in loco de como esse cuidado ambiental garante a quantidade e qualidade da água para a produção de energia”.
A Itaipu
Com 20 unidades geradoras e 14 mil MW de potência instalada, a Itaipu Binacional é líder mundial na geração de energia limpa e renovável, tendo produzido, desde 1984, 2,7 bilhões de MWh. Em 2016, a usina brasileira e paraguaia retomou o recorde mundial anual de geração de energia, com a marca de 103.098.366 MWh. A hidrelétrica é responsável pelo abastecimento de aproximadamente 15% de toda a energia consumida pelo Brasil e de 90% do Paraguai.
Assessoria