Itaipu deve gastar US$ 3 milhões em proteção contra hackers neste ano; em 14 anos serão US$ 950 milhões

Somente neste ano, os ataques cibernéticos à administração federal chegaram a quase mil.

Sala de controle Itaipu/Foto: Alexandre Marchetti

Uma reportagem do site Terra informa que o Governo Federal deve reforçar a segurança cibernética contra ataque de Hackers. Para isso, o Palácio do Planalto lançou diretrizes para uma Estratégia Nacional de Segurança Cibernética (E-Ciber). O objetivo é resguardar suas redes e ativar planos de contingência em caso de invasão. Até agora, o combate aos invasores é feito de forma isolada por órgãos públicos e pela iniciativa privada.

Itaipu

De acordo com o Terra, na Itaipu Binacional, por exemplo, a previsão é de um desembolso de US$ 950 milhões para atualização tecnológica das unidades geradoras e segurança operacional, nos próximos 14 anos. O investimento global tende a tornar a empresa mais protegida de ataques e invasões. O pacote prevê um gasto específico para segurança cibernética, que focará na proteção de futuros sistemas digitais responsáveis pelo controle da usina.

Neste ano, Itaipu gastará US$ 3 milhões na compra de aplicativos e softwares de segurança cibernética. A assessoria da empresa observa que esse gasto aumenta à medida que se adotam novas tecnologias.

A empresa também firmou parcerias com o Exército e centros de pesquisas, organizou seminários técnicos e escalou equipes de vigilância permanente. Houve até celebração de contrato, em setembro de 2017, na sede do QG do Exército, em Brasília. O acordo previa R$ 1,5 milhão em atividades do Laboratório de Segurança Cibernética mantido nas dependências do Complexo de Itaipu. Dois anos depois de receber pedido de socorro, o próprio Exército foi alvo de ataques.

Segundo a reportagem, Somente neste ano, os ataques cibernéticos à administração federal chegaram a quase mil. Em 2019, segundo o Gabinete de Segurança Institucional (GSI), órgão vinculado à Presidência da República, o número de tentativas de invasão foi de 10.913. Os criminosos buscam roubar dados, danificar sistemas de operação ou, até mesmo, desmoralizar governos. O GSI não divulga quantos ataques cada órgão sofreu para não estimular os hackers a invadir sistemas menos atingidos, como ocorreu com o Exército.

Prefeitura de Foz

A reportagem destaca o ataque sofrido pela Prefeitura de Foz do Iguaçu. O caso aconteceu no dia 28 de fevereiro, quando hackers invadiram o site e divulgaram dados pessoais do prefeito Chico Brasileiro. No dia seguinte, atacaram a página da assessoria de imprensa. Ao acessar a página do governo municipal na internet, os internautas encontravam uma mensagem dos invasores. “Seus técnicos de TI são muito ruins, acho melhor os senhores nos contratarem para poder identificar as falhas. Não adianta nada fechar uma falha e deixar outras abertas”, dizia o texto, assinado por Chaos Computer Club.

Outro exemplo apontado pela matéria do Terra, foi o ataque cibernético noturno que levou a Caixa Econômica Federal a tirar do ar, em agosto, os cadastros de FGTS, seguro-desemprego, Bolsa Família e aposentadoria que contêm informações pessoais de milhões de brasileiros. No Banco do Brasil, um hacker furtou, em dezembro, R$ 524 mil da conta da prefeitura de Iguape, no litoral paulista. Às pressas, a instituição financeira estornou o valor e montou ofensiva para dobrar a vigilância nas mais de 5 mil contas de cidades que recebem o dinheiro do Fundo de Participação dos Municípios (FPM).

Para acessar a reportagem completa clique aqui.

Fonte: Terra

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