O diretor-geral da Organização Mundial da Saúde (OMS), Tedros Adhanom Ghebreyesus, manifestou preocupação com o aumento do número de casos de Coronavírus. Os países com precários sistemas de saúde são os mais vulneráveis a doença.
Em entrevista nessa quinta-feira (6) em Genebra, Tedros alertou que a atual situação “poderá se transformar em pandemia”.
O diretor-geral pediu às nações que adotem “abordagem abrangente”. Ele também salienta para que não desistam nos esforços, uma vez que há países que têm mostrado que o vírus “pode ser contido”.
O diretor executivo do Programa de Emergências da Saúde da OMS, Michael Ryan, que também participou da coletiva, fez comentários sobre a Coreia do Norte. Até o momento, o país não registrou nenhum caso de infecção por coronavírus. É surpreendente pois o país faz fronteira com a China e a Coreia do Sul, duas nações com grande número de casos.
Ryan disse que a Coreia do Norte apresenta riscos, uma vez que se encontra “bem no centro da zona epidêmica da região”. Acrescentou que a OMS está pronta para despachar imediatamente especialistas, se a organização receber relato de algum caso naquela nação.
Doença tem dois tipos
Uma equipe de cientistas chineses informou que descobriu dois principais tipos do novo coronavírus, sendo que um deles é de mais fácil de transmissão. A imprensa chinesa disse que a equipe publicou os resultados da pesquisa na revista National Science Review, na última terça-feira (3).
A equipe informou que analisou os genes de 103 amostras do vírus. As análises mostraram que, com exceção de duas das amostras, todas poderiam ser classificadas como de tipo L e S.
Os cientistas disseram ainda que o tipo L é mais agressivo do que o tipo S, representando 70% das amostras. Os pesquisadores afirmaram que o tipo S é considerado mais velho do que o tipo L. As características do gene são próximas das do vírus identificado como proveniente de morcegos.
A equipe disse à imprensa local que ainda não sabe como o tipo L se desenvolveu a partir do tipo S. Também não é possível identificar qual dos dois seria mais tóxico.
Eles lembraram que a maioria dos pacientes foi infectada com uma das duas variantes. Acrescentaram, porém, que duas pessoas, incluindo um paciente americano que viajou a Wuhan, cidade chinesa, poderá ter sido infectado com as duas variantes.
Agência Brasil/Emissora pública do Japão