Durante o programa Foz em Ação neste sábado, 29, na Rádio Cultura, o prefeito Chico Brasileiro teceu várias críticas a alguns funcionários das Unidades de Pronto Atendimento 24 Horas (UPA) de Foz do Iguaçu. De acordo com o prefeito, esses servidores não estavam atendendo bem os pacientes nas Unidades e, segundo ele, esses funcionários já estão identificados e um processo administrativo será aberto contra eles.
O prefeito disse que não vai divulgar os nomes para não expor os funcionários. “Algumas pessoas, poucas pessoas, e quero preservar os bons, estavam criando uma situação de mau atendimento a população, e eu tenho os nomes, mas não vou divulgar, apesar de que o sindicato tenha pedido para anunciar esses nomes, mas não vou expor os servidores” argumentou
No entanto, ele destaca que os funcionários identificados não vão continuar nas UPAs. “essas pessoas não vão continuar nas UPAs, estamos abrindo um processo administrativo, não vamos permitir que pessoas que estão lá para atender bem o cidadão, que tem o dever de humanizar, de cuidar, estejam maltratando as pessoas” exclamou Chico.
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Segundo o prefeito, o mau atendimento foi constatado durante uma visita aos UPAs feito por ele antes do carnaval. “Eu fui pessoalmente nas duas UPAs, em períodos diferentes, e fui muito discreto, não fui pra falar com todo mundo, porque eu queria ouvir a população, e ouvi relatos que me deixou indignado e saí de lá com a convicção que nós deveríamos dar um choque nas UPAs” contou o prefeito.
A medida que foi tomada e já definida é de que a Fundação de Saúde, que atualmente administra o Hospital Municipal, irá assumir também a administração das UPAs. A nova modalidade de administração, que já está em processo de transição, assume definitivamente a partir de amanhã, domingo, 01.
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Veja o programa Foz em Ação completo:
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Em um ano, UPAs de Foz do Iguaçu atenderam mais de 230 mil pessoas
Número que representa quase o total da população é um dos indicadores divulgados hoje (28) durante a prestação de contas da saúde na Câmara
A saúde pública de Foz está superando várias metas com uma intensa produção em todas as áreas da gestão. Isso é o que provam os números do 3° Relatório Detalhado de Quadrimestre da Gestão (referentes aos períodos de setembro a dezembro de 2019) apresentado hoje (28), na Câmara Municipal de Vereadores.
Dentre os destaques, aproximadamente 230 mil atendimentos realizados nas UPAs em 2019, cerca de 470 mil na atenção primária à saúde – 214% de aumento em comparação com 2018 – e mais de 60% de aumento em consultas e exames especializados.
“Essa produção representa que a saúde pública funciona e está avançando com investimento e inúmeros esforços de toda a gestão. As UPAs são exemplo disso, elas atenderam praticamente o número da população de Foz do Iguaçu. O sistema funciona e os erros pontuais não devem generalizar o SUS. Defender a saúde pública é fundamental e vamos continuar lutando para corrigir as falhas e continuar avançando na gestão da saúde pública”, expressou o vice-prefeito e secretário de saúde, Nilton Bobato.
Avanços
Somente no ano passado foram contratados mais de 300 servidores para a área que culminou na reestruturação de serviços como a implantação de cinco novos leitos de UTI no HMPGL, o horário noturno nas UBSs e também na inauguração de obras importantes como o CAPS II Flávio Dantas de Araújo e da UBS do São Roque. A cobertura da atenção básica saltou de 56% para 84% e da Saúde da Família, de 41% para 61%.
Com isso, houve aumento de 162% no número de atendimentos médicos, que saltou de cerca de 93 mil em 2018 para mais de 245 mil em 2019. O número de usuários acompanhados pela rede também teve um salto de 185%, passando de 85 mil para 244 mil aproximadamente.
Na mesma proporção, a assistência especializada registrou avanços em várias áreas, principalmente nos exames voltados à saúde da mulher e da criança. Foram mais de 110 mil consultas e cerca de 30 mil exames realizados no ano. “Tivemos um grande salto, mas continuamos tendo um índice de falta muito danoso por parte da população. Em algumas especialidades, cerca de 20% dos pacientes não comparecem às consultas e exames”, acrescentou a Coordenadora do CER IV, Sheila Paião.
A saúde mental, por exemplo, registrou importantes avanços no último quadrimestre. O número de atendimentos saltou de 1950 no primeiro quadrimestre para 3.226 neste último. O ambulatório de psiquiatria registrou 1390 atendimentos, uma diferença expressiva em comparação com o primeiro quadrimestre quando foram atendidos 367 pacientes.
Na área de vigilância em saúde, houve superação de metas na cobertura vacinal, tais como a BCG com 108% de cobertura; Rotavírus com 109%; Tríplice Viral com 101%; Poliomielite com 104%; Meningo com 110% e Pneumo com 112%.
A vigilância também registrou um aumento de cerca de 200% em comparativo com o primeiro quadrimestre no setor de alimentos. Destaque também para a vacinação contra raiva em cães e gatos que imunizou aproximadamente 19 mil animais em várias ações itinerantes.
Referência
Um dos principais indicadores que representa segundo a Organização Mundial da Saúde o grau de desenvolvimento de um país é o de mortalidade infantil. Com ações como o apoio matricial na rede pública e integração dos profissionais para estudos de casos no pré-natal, a saúde continua mantendo os índices dentro dos limites estabelecidos pela OMS (dez mortes para cada mil nascimentos). O índice no último quadrimestre chegou a 8.97 e a média do ano 9.96.
“Esse é um índice que buscamos ser zero, mas tivemos esforços fundamentais da epidemiologia e de toda rede para reverter um quadro que chegou a registrar 15 mortes em 2016, e vamos continuar atuando para reduzir e melhorar o quadro”, disse Bobato.
Financiamento
De acordo com Bobato, os avanços refletem a prioridade do Governo Municipal com a saúde, que destinou mais de 34% do orçamento público para a saúde. “Foram mais de trezentos milhões investidos com saúde, a maior parte, são recursos do próprio município. Um esforço intensificado para garantir o atendimento de demandas e a ampliação do acesso à saúde pública”,enfatizou.
Do valor total, 65,1% dos valores foram aplicados com receita municipal, 29,2% federal e 5,7%, estadual.