A maior conquista das medidas de prevenção adotadas pelo Corpo de Bombeiros para o Carnaval 2020 foi o fato de não acontecer nenhuma morte por afogamento, assim como ocorreu no Carnaval de 2019. Com mais conscientização por parte da população, os índices de salvamentos aquáticos caíram 50,6%, e as advertências aos banhistas reduziram 30,09%, se comparado com o Carnaval do ano passado.
O balanço compreende as atividades desempenhadas entre sexta-feira (21) e quarta-feira (26), e divulgado na tarde desta quinta-feira (27).
No entendimento do comandante do 8º Grupamento de Bombeiros, major Jonas Emmanuel Benghi Pinto, as pessoas se protegeram mais neste feriado, procurando áreas com Postos Guarda-Vidas. “Tivemos esses resultados excelentes porque a população entendeu melhor sobre a prevenção. Foi um trabalho muito intenso neste Carnaval, mas o envolvimento maior das pessoas foi essencial”, destacou.
Para dar um suporte maior aos guarda-vidas, os Bombeiros colocaram na água embarcações e motos aquáticas para fazer o patrulhamento próximo à faixa de areia, além de quadriciclos para dar suporte em terra às equipes.
Nos céus, o apoio veio do helicóptero do Batalhão de Polícia Militar de Operações Aéreas (BPMOA) para fazer o encaminhamento de vítimas, como o caso que ocorreu na última terça-feira (25) na Praia Central de Guaratuba, em que uma vítima, de 30 anos, foi resgatada e levada para o Hospital Regional do Litoral em Paranaguá.
Com todo esse suporte, o Corpo de Bombeiros fez sete salvamentos terrestres, três a menos que no Carnaval de 2019. Já os salvamentos aquáticos demandaram as equipes 40 vezes, salvando 52 pessoas, contra 81 casos atendidos e 120 vítimas resgatadas no mesmo feriado do ano anterior. Ainda no mar, os bombeiros precisaram ajudar 46 pessoas que tiveram dificuldades para sair da água. O número é bem inferior ao que ocorreu no Carnaval passado, quando foram 115 situações dessa natureza.
De olho no mar e também na areia, os guarda-vidas também atuaram na localização de crianças perdidas e entrega aos responsáveis, que são recorrentes devido ao grande número de pessoas que estão na praia nesta época do ano. Nos seis dias do feriado de Carnaval, foram 28 casos, 37 a menos que no mesmo feriado do ano passado, que foram 65.
Um índice que chamou a atenção dos bombeiros foi a quantidade de acidentes envolvendo águas-vivas e caravelas. O aumento em comparação com o mesmo feriado do ano passado foi de 55 casos para 364, ou seja, um acréscimo de cinco vezes. A corrente marítima, temperatura da água e questões de reprodução das espécies são fatores que, segundo o Corpo de Bombeiros, contribuíram para o aumento dos casos.
“Estes incidentes, principalmente envolvendo caravelas, foram atípicos neste Carnaval, mas já tivemos outros momentos com maior quantidade de acidentes envolvendo esse tipo de animal marinho. Mesmo assim, nossos guarda-vidas estavam preparados e atenderam as pessoas que sofreram lesões ainda na areia”, disse o major Emmanuel.
AEN