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Com 6.278 casos notificados, 1.169 confirmados e uma morte, desde o início do ano epidemiológico em agosto de 2019, Foz do Iguaçu vive uma epidemia de dengue nestes dois primeiros meses do ano. A situação foi alertada no ano passado quando o Centro de Controle de Zoonoses (CCZ) apontava o aumento no índice de infestação do mosquito aedes aegypti na cidade.
“A situação que a gente está hoje não é surpresa, porque nós do sistema de epidemiologia do município e do núcleo do CCZ, através do processamento de informações, acompanhamos isso desde meados do ano passado por uma série de fatores”, disse o médico veterinário e chefe do CCZ, Carlos Santi.
Santi apontou alguns fatores que contribuíram para o surto da doença, como a falta do inseticida (fumacê) por nove meses, pouco frio no inverno passado e a mudança na característica da doença.
“Fomos seguindo cada passo, cada ação nossa de acordo com o momento que a gente encontrava. O momento atual exige que extrapole as fronteiras da saúde, que a gente tenha que convocar os servidores de toda a prefeitura para que se envolvam de fato. Não estamos falando de uma situação unicamente de saúde, mas uma situação social, econômica, que envolve toda a cidade e pode chegar a uma situação insustentável”, ressaltou.