O vereador Rudinei de Moura deve entrar na justiça pedindo ressarcimento dos salários referentes ao período que esteve afastado da Câmara Municipal entre julho de 2017 e dezembro de 2019. O vereador havia sido afastado após ser preso em uma das fases da Operação Pecúlio, esquema de corrupção que envolvia a Prefeitura Municipal e a Câmara e, de acordo com a justiça, era comandado pelo ex-prefeito Reni Pereira.
Moura teve o mandato cassado pelo legislativo no dia 1° de julho de 2017, enquanto cumpria prisão preventiva por suposta participação no esquema de corrupção. Ele retornou à Câmara no dia 2 de dezembro de 2019, depois que a justiça do Paraná avaliou que houve erro no processo de cassação, e como ainda não foi julgado, o Supremo Tribunal Federal (STF) derrubou as restrições que haviam sido impostas permitindo o retorno ao cargo.
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Segundo Rudinei, o pedido de ressarcimento está sendo analisado pelo seu advogado e se for avaliado que existe o direito, ele irá recorrer. “O Ministro do STF, ao garantir ao meu retorno ao cargo, escreveu que era necessário pagar o retroativo do tempo que fiquei afastado, por isso, se houver o direito, vou recorrer” declarou Rudinei em entrevista à Rádio Cultura.
Caso conquiste o direito para o pagamento retroativo dos salários, Rudinei de Moura pode receber cerca de 300 mil reais pelos 28 meses que esteve afastado. A decisão poderia beneficiar também os vereadores Luiz Queiroga, Edílio Dall’gnol, Darci Siqueira e Anice Gazzaoui. De acordo com Rudinei, ele não conversou com os demais vereadores sobre a decisão.
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