Neste sábado (18), uma grande Mobilização de Combate à Dengue iniciará os trabalhos no distrito oeste (Jardim América, Jardim Central, Vila Paraguaia e Vila Portes) da cidade. A concentração será no Parque Monjolo a partir das 8 horas. No local estarão 250 agentes de endemias e voluntários para realização de visitas às casas dos bairros do entorno, além da distribuição de sacos de lixo e desobstrução de galerias e bocas de lobo.
A ação compreende uma mobilização de combate à dengue devido aos números veiculados esta semana, com registro de 158 casos confirmados desde o início do ano epidemiológico em agosto de 2019, e também do LIRAa (Levantamento de Índice Rápido para Aedes aegypti), apontando a presença quatro larvas do mosquito a cada 100 residências.
Do total de casos confirmados de dengue, 135 são dos grupos A e B (dengue comum). O grupo C (dengue com sinais de alarme), registrou 21 casos, e o D (dengue grave), apenas dois casos. Circulam na cidade os sorotipos DENV-2 e DENV-4.
No primeiro LIRAa do ano, realizado de 6 a 10 de janeiro de 2020, o índice geral foi de 3,21% . O número mantém o município em médio risco para epidemias das doenças transmitidas pelo Aedes aegypti, de acordo com a classificação do Ministério da Saúde.
“A situação preocupa e sem participação da população, – por isso essa mobilização é tão importante – não há combate ao mosquito. É preciso que o poder público aja, e estamos fazendo a nossa parte, mas é preciso que cada um entenda que sem a ajuda de todos, não poderemos vencer a dengue”, comentou o prefeito em exercício, Nilton Bobato.
Durante coletiva realizada nesta sexta-feira (17), Bobato também falou sobre a necessidade da alteração do decreto que prevê sanções e multas a proprietários que não realizam a limpeza e a manutenção de seus terrenos. “Precisamos rever esse processo, para que o município possa fazer a limpeza e cobrar a multa posterior”, comentou.
Em 2019 foram visitados pelos agentes de saúde 365 mil imóveis. A Secretaria da Fazenda emitiu 449 notificações e 344 multas. No último trimestre de 2019, foram recolhidos 7.700 toneladas de entulho e lixo de pontos de bota-fora. No primeiro mês de 2020, 378 toneladas já foram encaminhadas ao Aterro Sanitário.
As denúncias também podem ser feitas pelos telefones: 0800 450 156 ou pelo whatsapp do CCZ: 99997-4448.
O levantamento destaca as regiões mais preocupantes, onde há maior presença do mosquito, mas as autoridades confirmam a necessidade do combate em toda a cidade. “Não há bairros que os cuidados devam ser menores, pois todos devem cuidar de suas casas”, orientou o chefe do CCZ, Carlos Santi.
Um dos sinais de alerta também está nas cidades vizinhas. “Lidamos com subnotificações tanto no Paraguai quanto na Argentina e isso vai se refletir diretamente aqui, por isso todos devem estar em alerta”, comentou Santi.
Locais
O levantamento aponta que 63% dos criadouros pertencem aos grupos B e D2, ou seja, objetos de fácil remoção (garrafas, vidros, latas, embalagens plásticas) dispostos de forma irregular pela população o que possibilita o acúmulo de água, e aumentando ainda mais os índices do mosquito.
Assessoria