Os pais de um bebê de 49 dias de idade registraram na segunda-feira (13) um boletim de ocorrência na Polícia Civil, reclamando que o filho foi dado como morto por um hospital particular de Foz do Iguaçu onde estava internado, mas que na verdade ainda estava vivo quando foi entregue ao serviço funerário.
Théo Schoenacher Sant’ana deu entrada no Hospital da Unimed no último sábado (11), com sintomas de refluxo. A criança ingeriu uma fórmula com leite em pó, que segundo a família foi receitado pelo pediatra. No domingo, o hospital informou a morte da criança.
Horas mais tarde, a família recebeu uma ligação dizendo que o menino ainda estava vivo e que foi transferido para a UTI pediátrica do Hospital Ministro Costa Cavalcanti. Porém, teve uma parada respiratória e a morte confirmada confirmada às 10h54 de segunda-feira.
O pai, Moisés Sant’ana Leitão, em entrevista para a RPC, declarou que a emergência do hospital Unimed não parecia preparada para atender o filho. A mãe, Gabriela Schoenacher de Moraes, quer o caso seja esclarecido. “A gente quer poder ajudar para que não aconteça de novo com ninguém”.
Os pais disseram que não conversaram diretamente com o agente funerário, mas que ele teria entrado em contato com a avó da criança contando que encontrou a criança viva.
O corpo da criança foi levado ao Instituto Médico Legal (IML) de Foz do Iguaçu onde será apurada a causa da morte. A Polícia Civil instaurou um inquérito para investigar o caso. O Hospital Ministro Costa Cavalcanti disse que tomou todas as medidas cabíveis para tentar salvar a criança.
O Hospital Unimed enviou uma nota dizendo que a situação é inédita e que a criança só saiu da unidade hospitalar para ser transferida à unidade de terapia intensiva.
Veja a íntegra da nota do Hospital Unimed:
Diante da notícia sobre os fatos ocorridos no seu Hospital, na data de 12 de janeiro de 2020, a respeito do evento inusitado ocorrido, vem a público esclarecer que a situação é inédita em toda a história da Cooperativa Médica em Foz do Iguaçu e, por respeito a comunidade iguaçuense, informa que está envidando todos os esforços para o completo esclarecimento dos fatos, para que não sejam tomadas conclusões precipitadas nem julgamentos indevidos sobre qualquer profissional que tenha atuado no caso.
Mas desde logo é importante ser frisado que os atendimentos prestados ao menor foram realizados no ambiente do hospital Unimed. Em momento algum o menor saiu do hospital a não ser quando foi encaminhado a unidade de terapia intensiva
Deve ser ressaltado também, que assim que forem efetivadas as apurações necessárias, serão noticiadas as conclusões tomadas.
A unidade reforça o seu compromisso de bem atender aos seus beneficiários e pacientes, ladeando neste momento de angústia, os familiares do menor para prestar todo o apoio ao seu alcance, bem como, se colocando a disposição dos órgãos competentes para as informações e esclarecimentos importantes, afim de que os fatos sejam completa e exaustivamente compreendidos e elucidados”.