Fonte: UNILA
Uma pesquisa realizada na UNILA investigou fatores associados à mortalidade infantil em Foz do Iguaçu, que é um indicador dos níveis de desenvolvimento social de uma população. O estudo apontou como fatores associados à mortalidade neonatal a anomalia congênita, baixo peso ao nascer, menos de três consultas pré-natais e prematuridade. O estudo foi conduzido por uma egressa do curso de Saúde Coletiva da UNILA, Suzana de Souza, e teve orientação do docente Fernando Kenji Nampo. A pesquisa foi baseada em dados do período entre 2012 e 2016.
Outro fator associado à mortalidade neonatal, segundo a pesquisa, foi o baixo escore de Apgar no primeiro minuto. Esse escore é um método quantitativo que traduz as condições fisiológicas e a capacidade de resposta do recém-nascido à vida extrauterina. São avaliados cinco sinais do recém-nascido, dentre os quais estão a frequência cardíaca, o esforço respiratório e a coloração da pele. Para cada sinal, atribui-se uma nota.
“Quando nós pensamos nesta pesquisa, Foz do Iguaçu apresentava altas taxas de mortalidade infantil, com os óbitos concentrados no período neonatal; além da inexistência de estudos que investigassem os determinantes desses óbitos. Nossa pesquisa objetivou preencher essa lacuna de conhecimento, que na prática poderia subsidiar ações baseadas no controle desses determinantes”, explica a pesquisadora Suzana de Souza.
O estudo identificou que 65,9% dos óbitos neonatais concentram-se no período neonatal precoce, que abrange os sete primeiros dias de vida. “Um importante fator associado à mortalidade neonatal foi o baixo número de consultas pré-natais, o que evidencia a importância da assistência à gestante e o impacto que ela [a assistência pré-natal] pode ter na saúde do recém-nascido”, aponta Suzana.
O estudo utilizou dados da Secretaria Municipal de Saúde – Vigilância Epidemiologia –, extraídos do Sistema de Informações sobre Nascidos Vivos (Sinasc) e do Sistema de Informações sobre Mortalidade (Sim). O resultado desse estudo, inclusive, foi publicado este ano na BMC Public Health, uma renomada revista de saúde pública de acesso aberto. Para ler o artigo (em inglês) acesse AQUI.