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A rica história de personagens que passaram pela cidade, agora ganha reforço do reconhecimento histórico. Assim, a Comissão Permanente de Preservação e Fiscalização, do Conselho Municipal de Patrimônio Cultural (CEPAC), realizou está semana uma visita à casa do farmacêutico e fotógrafo Harry Schinke, e encaminhou pedido para tombamento. Schinke veio da Alemanha, se instalou em Joinville e depois em Foz do Iguaçu, onde desenvolveu no local uma casa de profilaxia. Vizinho de Moisés Bertoni, compartilhou conhecimento e cuidados com o amigo, mas não conseguiu salvar sua vida. Bertoni faleceu na casa Shinker enquanto recebia cuidados após o contágio de dengue, em 1929.
Desanimado com a morte do amigo, Shinke apoiou-se nos trabalhos como fotógrafo e no ramo do turismo, transportando visitantes do aeroporto Gresfi às Cataratas. Dentro da Lei 4.4070/16 de tombamento, nos artigos 42 e 45 está prevista a criação de museu e centro de memória. Para a casa de Schinke o primeiro passo será o tombamento, mas a função seguinte será em direção à criação de um museu de ciências e imagens. “Primeiro, precisamos pedir o tombamento para garantir a preservação dos imóveis e reconhecer seu valor social”, comentou Pedro Louvain, membro da comissão.
A visita serviu para o grupo realizar um levantamento de interesse municipal, e construir um plano futuro. ‘Esse é um lugar excepcional. Depois de avaliado e reconhecido o valor histórico cultural, pensamos num plano museológico, para promover a valorização e preservação desse patrimônio que é imensurável”, disse. A casa está localizada na Rua Tiradentes, no centro e encontra-se parte do Conjunto Urbano do Centro Histórico de Foz do Iguaçu, composto basicamente por 17 bens imóveis, incluindo a Fundação Cultural, todos numa mesma região.