Centenas de caminhões estão parados ao longo da rodovia internacional em Cidade do Leste (PY), esperando para passar a fronteira com o Brasil. Em Foz do Iguaçu a fila de caminhões em direção ao Paraguai também é grande.
A Câmara Paraguaia de Terminais e Portos Privados (Caterppa), diz que a demora em despachar as cargas é culpa da Administração Nacional de Navegação e Portos (ANNP), também do Paraguai. Cerca de 600 caminhões carregados de soja e milho esperam para passar a aduana da Ponte Internacional da Amizade, nos dois lados da fronteira.
Segundo Ricardo dos Santos, presidente da Caterppa, o problema começou após entrar em vigor a resolução 226/19, de junho de 2019, que autorizou a ANNP cobrar uma tarifa maior dos caminhões que fazem o trânsito entre Cidade do Leste e Assunção, forçando com que despachem na fronteira e não cheguem até a capital.
A tarifa de US$ 80 é 100% maior que a cobrada anteriormente. Mas o maior problema apontado pela Caterppa, é que o porto da ANNP em Cidade do Leste tem capacidade física e efetiva limitada, não vencendo a demanda das cargas. “Então pedem à aduana brasileira que não envie cargas até o Paraguai, porque não há lugar para o ingresso. Como na aduana brasileiro o espaço também é limitado, pedem que os caminhões de exportação paraguaia não venham”, disse Santos.
O aumento da tarifa fez restringiu o trânsito aos portos internos para 18 mil caminhões ao ano, cerca de 70 ao dia, segundo dados da Caterppa, diminuindo a velocidade na liberação pelo lado brasileiro. Soma-se a isso o maior fluxo de comercio internacional nesta época do ano de fertilizantes e cementos, além das exportações normais de soja, trigo e carne.
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