A Itaipu Binacional definiu o modelo de desmobilização dos imóveis nas Vilas A e B. Será por meio de leilão, em que o morador terá a preferência na compra. Os imóveis serão leiloados em lotes, considerando o valor mínimo de avaliação feita por uma comissão binacional. O lote inicial também inclui imóveis desocupados.
A medida foi definida em Reunião de Diretoria Executiva (que reúne diretores brasileiros e paraguaios), no dia 17 de novembro, e referendada pelo Conselho de Administração de Itaipu, nesta sexta-feira, 13.
Segundo o diretor administrativo de Itaipu, almirante Paulo Roberto da Silva Xavier, “a realização da venda dos imóveis por meio de leilão permite um processo de desmobilização mais eficiente, célere, transparente, possibilitando ao próprio mercado regular os preços de oferta, respeitando, contudo, o direito dos ocupantes de terem preferência na aquisição dos imóveis que ocupam”.
O diretor explica ainda que a licitação se mostra alinhada com prática corrente no mercado imobiliário e é amplamente utilizada por instituições como Companhia Hidrelétrica do São Francisco (Chesf), Petróleo Brasileiro S.A. (Petrobras), Secretaria do Patrimônio da União (SPU), Caixa Econômica Federal (CEF), Banco do Brasil, entre outras instituições bancárias brasileiras.
Desde 2004 até o momento, foram alienados 1.313 imóveis residenciais localizados nos conjuntos habitacionais A e B. Ainda restam 993 imóveis para alienação. Com o leilão, a Itaipu pretende desonerar-se de um patrimônio que já não é mais necessário, por meio de um processo ágil, sem priorizar o retorno financeiro ou gerar tensões sociais.
Para facilitar a aquisição, o comprador poderá utilizar o Fundo de Garantia por Tempo de Serviço (FGTS) e financiamento imobiliário. A intenção é solucionar a questão das casas de forma mais rápida possível e definitivamente, com soluções simples e transparentes, seguindo os preceitos da boa administração pública: legalidade, impessoalidade, moralidade, publicidade e eficiência.
Só reajuste da inflação
Em agosto, a Itaipu suspendeu o aumento da taxa de cessão de uso oneroso por valor de mercado. Foram mantidos os valores do mês de abril e a atualização continuará sendo feita pelo Índice Geral de Preços – Disponibilidade Interna (IGP-DI).
A Itaipu
Com 20 unidades geradoras e 14 mil MW de potência instalada, a Itaipu Binacional é líder mundial na geração de energia limpa e renovável, tendo produzido, desde 1984, mais de 2,6 bilhões de MWh. Em 2016, a usina brasileira e paraguaia retomou o recorde mundial anual de geração de energia, com a marca de 103.098.366 MWh. Em 2018, a hidrelétrica foi responsável pelo abastecimento de 15% de toda a energia consumida pelo Brasil e de 90% do Paraguai.
Assessoria