Professores e funcionários de escola em greve realizaram uma assembleia na tarde de ontem, quarta-feira, 04, em frente ao Palácio Iguaçu, em Curitiba, e encerraram a paralisação, mas mantiveram o estado de greve. A assembleia autorizou a categoria a realizar nova paralisação e mobilização caso novas medidas do Governador Carlos Massa Ratinho Junior esteja em desacordo ao que defende a categoria.
Também foi aprovada a orientação para que os educadores deixem de usar equipamentos particulares, como o celular, para lançar notas e registrar presença dos estudantes, por exemplo. A decisão foi tomada após o acordo entre o governador Ratinho Junior e os deputados aliados para votar alterações nas regras de aposentadoria do funcionalismo estadual, que segundo a APP-Sindicato aconteceu sem diálogo e em regime de urgência.
A sessão plenária desta quarta foi transferida para a Ópera de Arame. O acesso ao local foi bloqueado pela Polícia Militar. Sem o acompanhamento da população, as propostas do governo, uma emenda à Constituição (PEC) e dois projetos de lei, foram aprovadas.
“É um golpe contra a nossa Constituição, contra a população e contra os servidores. O autoritarismo do governo e de seus aliados não tem limites e não iremos nos calar”, criticou o presidente da APP-Sindicato, Hermes Silva Leão.
De acordo com as lideranças sindicais e a bancada de oposição, a Mesa Executiva da Alep não respeitou o Regimento Interno da Casa. A norma determina um intervalo de cinco sessões entre a primeira e a segunda votação de propostas de emenda à Constituição.
Assessoria APP