A Secretaria de Estado da Saúde do Paraná divulgou nesta terça-feira (3) o Boletim Epidemiológico sobre a dengue no Paraná, com destaque para o Levantamento Rápido de Índices de Infestação nos municípios. O LIRA mostra a porcentagem entre o número de imóveis pesquisados e o de imóveis onde os criadouros do mosquito foram encontrados.
O levantamento mostra que 72,9% dos criadouros estão nos domicílios. Segundo o estudo, 43% dos criadouros foram localizados em recipientes plásticos, garrafas e latas, acumulados destampados nos quintais das residências e em entulhos de construção, caçambas e latas de tintas também deixadas abertas nos quintais.
Outros 23,5% estão nos depósitos de água a nível do solo e 22,6% estão nos pratinhos de vasos de plantas, recipientes de degelo de geladeiras, bebedouros, pequenas fontes ornamentais.
O estudo mostrou que 7,3% foram encontrados em pneus e 5,3% em tanques em obras, borracharias e hortas; calhas lajes e toldos em desníveis, ralos de sanitários em desuso, piscinas não tratadas, cacos de vidro em muros e floreiras e vasos nos cemitérios.
“Reforçamos a orientação de que as medidas de prevenção contra a dengue precisam ser adotadas por toda a população, pois o verão está chegando e os casos da doença podem aumentar. A participação da sociedade no combate ao mosquito da dengue é fundamental”, afirmou o secretário da Saúde, Beto Preto.
“Podemos observar pelo LIRA que 72,9% dos criadouros estão nos domicílios, por isso a recomendação para que todos verifiquem em suas casas e eliminem os focos de água parada”, complementa a coordenadora de Vigilância Ambiental da Secretaria, Ivana Belmonte.
LIRA – O levantamento é realizado periodicamente pelos municípios, mas o levantamento realizado entre outubro e novembro serve de referência nacional. O estudo revelou que o município com maior índice de infestação predial do Aedes Aegypti é Ivatuba, na região Noroeste, com 10% – o que significa que em cada 100 imóveis pesquisados 10 estavam com criadouros.
Na sequência, estão os municípios de Morretes, com 8,3%; São Miguel do Iguaçu, com 6,6%; Quinta do Sol (6,1%), Santa Mariana (5,1%), Nova Esperança (4,9%), Munhoz de Melo (4,6%), Bela Vista do Paraíso (4,2%), Francisco Beltrão e Nova Prata do Iguaçu, com 4,1%, e Paranaguá, Itaipulândia, Campo Bonito e Jataizinho, com 4%.
Aumenta a proliferação de Aedes Aegypti nas casas de Foz do Iguaçu
O resultado geral do Paraná mostra que 55,6% dos municípios apontam índices abaixo de 1%, que segundo o Ministério da Saúde, ainda é considerado satisfatório. Neste patamar estão 222 municípios.
Outras 158 cidades (39,6% do total) registram de 1% a 3,9% e são considerados em alerta; e 14 municípios (3,5%) mostram alto potencial vetorial, com quantidade de criadouros suficientes para gerar epidemia.
CASOS – O boletim semanal da dengue registra 1.869 casos confirmados, 305 a mais que na semana anterior. Deste total, 1.480 são autóctones – contraídos no município de residência.
Também aumentaram os municípios em situação de alerta; eram dez e agora são doze. Cianorte e Doutor Camargo entraram para situação de alerta nesta semana.
Os outros municípios em alerta são Lindoeste, Juranda, Douradina, Indianópolis, São Carlos do Ivaí, Flórida, Munhoz de Mello, Florestópolis, Leópolis e Uraí.
Em situação de epidemia estão oito municípios, um a mais que na semana anterior. Nova Cantu, Quinta do Sol, Inajá, Santa Isabel do Ivaí, Ângulo, Floraí, Uniflor e Colorado atingiram este patamar e somam 713 casos autóctones. O Paraná apresenta 12.254 notificações para a dengue do dia 28 de julho até agora.
Fonte: AEN