Na manhã desta quinta-feira, 28, a Polícia Federal deflagrou a Operação Andorinhas, que investiga um esquema de tráfico de drogas com a participação de funcionários de uma Companhia Aérea no Aeroporto Internacional de Foz do Iguaçu. Segundo o delegado da PF, Dr. Mário Cesar Leal Junior, os funcionários, que já foram demitidos pela empresa, foram identificados via DNA.
O delegado informou que a investigação iniciou no dia 3 de março desse ano, quando uma jovem foi presa no Aeroporto de Foz com 2 quilos de cocaína na bagagem, que já estava dentro do avião. Na averiguação, ficou comprovado que a droga foi colocada após o Check-in, o que fez com que os policiais desconfiassem dos funcionários da empresa aérea.
Segundo o delegado, todos os funcionários da empresa foram interrogados. Porém, o que chamou a atenção dos investigadores foi de que dois deles estavam com apenas parte de uma das pernas depilada. Esse fato chamou a atenção dos policiais, que pediram amostras de DNA. O material foi coletado da saliva dos funcionários.
Após a coleta, o material foi encaminhado a um laboratório em Brasília, onde foi comparado com indícios encontrados na embalagem da cocaína apreendida no Aeroporto. Na análise foi possível detectar que as amostras condiziam com o DNA dos mesmos funcionários que apresentaram a depilação diferente nas pernas.
O delegado explicou que, para entrar no Aeroporto, mesmo sendo funcionário, é necessário passar pelo Scanner. Porém, em uma entrada diferente. Sabendo disso, esses funcionários passavam a droga, provavelmente colada à perna, no local onde estava depilada. Além do DNA, imagens de segurança do Aeroporto também foram utilizadas para comprovar a participação dos suspeitos.
Na manhã de hoje foram cumpridos 7 Mandados de Busca e Apreensão e 4 Mandados de Prisão Preventiva expedidos pela Justiça Federal. Todos os alvos da operação estão situados na cidade de Foz do Iguaçu. Ao todo, 7 pessoas foram indiciadas pela prática dos crimes de tráfico de drogas e organização criminosa, com previsão de penas de reclusão de 5 a 15 anos e 3 a 8 anos, respectivamente.
O delegado informou também que a quadrilha sempre utilizava o mesmo esquema. Moças jovens, entre 18 e 24 anos, de classe média, sem passagem pela polícia, com destino a cidade de Alagoas. Elas faziam o Check-in, e após isso os funcionários colocavam a droga dentro da mala. Outras duas moças com as mesmas características foram presas no ano passado no Aeroporto de Guarulhos. Elas haviam saído de Foz do Iguaçu e estão incluídas na mesma investigação.