O Programa Oeste em Desenvolvimento (POD) e a Coordenadoria das Associações Comerciais e Empresariais do Oeste do Paraná (Caciopar) divulgaram, em conjunto, uma carta de agradecimento ao diretor-geral brasileiro de Itaipu, general Joaquim Silva e Luna, pelos serviços prestados em benefício de toda a região.
O texto, entregue a Silva e Luna, leva a assinatura do presidente do POD, Danilo Vendruscolo, e do presidente da Caciopar, Alci Lúcio Rotta Júnior. A divulgação foi feita logo depois de uma palestra de Silva e Luna nas dependências da Associação Comercial e Industrial de Foz do Iguaçu (Acifi), nesta sexta-feira (8), onde ocorreu o 5º Congresso Caciopar e 6º Fórum do POD. Cerca de 250 empreendedores e autoridades de setores organizados participaram do evento.
O general agradeceu a carta e compartilhou o agradecimento feito pelas associações com todos os empregados e diretores de Itaipu. “Sem esse apoio irrestrito do nosso pessoal, nada disso poderia ser feito. Em cada centavo economizado e redirecionado, existe o trabalho da mão de cada um de nossos trabalhadores, que entenderam o momento em que o País vem passando e tem dado a sua contribuição”, disse.
Em oito meses frente ao cargo, Silva e Luna vem travando uma guerra ao desperdício do dinheiro público e conseguiu realocar recursos de aproximadamente R$ 600 milhões para obras estruturantes, como a Ponte da Integração Brasil-Paraguai, modernização do Hospital Ministro Costa Cavalcanti, ampliação do Aeroporto Internacional de Foz do Iguaçu, entre outras.
Todas as obras estão em consonância com a missão ampliada de Itaipu que é gerar energia elétrica de qualidade, com responsabilidade social e ambiental, impulsionando o desenvolvimento econômico, turístico e tecnológico, sustentável, no Brasil e no Paraguai.
Só na Ponte da Integração Brasil-Paraguai, entre Foz do Iguaçu e Presidente Franco, o investimento previsto é de R$ 323 milhões. Já a Perimetral Leste receberá R$ 140 milhões. A modernização e ampliação do Hospital Ministro Costa Cavalcanti, um dos mais importantes do Sul do País, terá um aporte R$ 64 milhões. Para o Aeroporto Internacional de Foz do Iguaçu está prevista a ampliação da pista de cargas e a duplicação do acesso, além de obras que vão ampliar a pista de pouso e decolagem do terminal. O investimento é da ordem de R$ 70 milhões.
Itaipu trabalha de forma integrada com o governo do Paraná e com os 54 municípios do Oeste, em consonância com as diretrizes do governo federal, com base nos princípios da legalidade, impessoalidade, moralidade, publicidade e eficiência (Limpe), como preveem os princípios da boa administração pública listados no artigo 37 da Constituição Federal.
Reconhecimento
A carta à Itaipu foi divulgada logo depois da apresentação do diretor no 5º Congresso da Caciopar e 6º Fórum do POD. No texto, as associações ressaltam que ao longo dos últimos anos, o POD e a Caciopar vêm travando “uma luta praticamente diária para unir a sociedade civil organizada e o poder público em torno dos projetos de desenvolvimento prioritários para a região Oeste do Paraná, sempre pautados pelos princípios do associativismo, do cooperativismo e do desenvolvimento regional”.
De acordo com as entidades, durante esta jornada, foram muitos os líderes com os quais as instituições debateram e cooperaram para que fosse possível avançar e tirar do papel tais projetos. “Em muitos casos, obtivemos importantes conquistas. Contudo, é fato que em nenhum momento foi possível observar uma atuação tão pródiga e efetiva de um líder público em prol do desenvolvimento regional como a vossa, que em pouco mais de oito meses já coleciona realizações e entregas de grande impacto para toda a região”, afirma o documento.
Em sua apresentação, Silva e Luna deu exemplos de medidas em benefício do Oeste Paranaense, a partir do melhor emprego dos recursos da binacional, reconhecidas pelo empresariado da região. São exemplos disso, a política de reestruturação da gestão da Itaipu Binacional, que gerou uma economia de mais de R$ 600 milhões, com direcionamento de recursos para investimentos em obras estruturantes.
O diretor explicou o processo de unificação do centro de comando, determinando o enxugamento do Escritório de Curitiba, com a transferência de cerca de 130 empregados para Foz. Como exemplo pessoal, o próprio general optou por morar em Foz do Iguaçu e sinalizou a todos os demais diretores e empregados que fizessem o mesmo. Ao relatar essa sua atitude, ele bastante aplaudido pelos participantes do evento.
Outro ponto importante foi o corte das ações e atividades patrocinadas que não tinham aderência à missão da usina, com prioridade aos patrocínios que deixem legado para a população. Silva e Luna também implementou uma nova política de transparência para a margem brasileira da usina, ampliando as informações na página da empresa na internet.
De olho no futuro pós-2023
Durante a palestra, que teve como tema Olhando para o futuro pós-2023, o diretor fez ainda uma síntese de Itaipu, seu papel e sua missão, assim como as formas com que a usina vem se preparando para possíveis cenários que se desenham a partir do pagamento da dívida de Itaipu com a revisão do Anexo C, do Tratado de Itaipu.
Em qualquer panorama, a ideia é tornar a empresa competitiva para atuar no mercado, com foco principal na garantia da soberania energética do Brasil e Paraguai, sócios do empreendimento.
Segundo o general, a contribuição de Itaipu para promover o desenvolvimento econômico do Oeste do Paraná só pode ser feito por intermédio das instituições e da integração de projetos e iniciativas. É cumprindo bem sua missão que Itaipu tem dado sua contrapartida para garantir mais riqueza à região, com cortes de gastos não essenciais sempre em respeito ao consumidor que paga pela conta de energia. “O desenvolvimento do Paraná é inevitável. Não há porque postergá-lo. E esse desafio está na mão de todos vocês aqui”, afirmou.
O diretor enfatizou que, desde os estudos iniciais, a usina é resultado de entendimentos diplomáticos, que permitiram resolver um conflito de fronteira na região de Sete Quedas. Também apresentou números da produção e utilização da energia de Itaipu no Brasil e no Paraguai – a usina atende 15% do consumo brasileiro e 90% do paraguaio. Segundo ele, sua gestão está focada em garantir que a usina continue gerando energia com qualidade e suprindo os dois países e que, ao mesmo tempo, esteja preparada para o futuro. A dívida da construção correspondente a 62% do orçamento.
O presidente da Caciopar, Alci Lúcio Rotta Júnior, disse que essa foi uma das palestras mais impactantes que ele já assistiu. “Agradeço pela aula de gestão. Gestos como o plano de austeridade nos enchem de esperança para continuarmos lutando por um país melhor”. Opinião semelhante do presidente do POD, Danilo Vendruscolo. “Eu imaginava que conhecia o general, mas hoje confesso, estou muito emocionado com tantos ensinamentos”, disse. “Decidimos homenageá-lo por ser um exemplo, pelos gestos. Essa palestra que vimos hoje foi uma narrativa verdadeira da essência que um homem deve ter: integridade, amor ao próximo e à pátria”, completou.
Perspectivas para o Oeste
Antes da palestra de Itaipu, o congresso e o fórum, o POD apresentou os resultados e o Plano de Trabalho para 2020.
A abertura oficial ocorreu pela manhã, com as boas-vindas dos presidentes da Acifi, Faisal Mahmoud Ismail; da Caciopar, Alci Rotta Júnior; e do POD, Danilo Vendruscolo. A primeira palestra teve como tema Inovar é preciso! Como o empreendedor pode ser a chave nesse processo?, com o CEO e fundador da Softfocus, Alessandro Graczyk.
O congresso prosseguiu com o Pacto pela Inovação do Oeste do Paraná. Paralelamente à programação oficial do evento, o Parque Tecnológico de Itaipu apresentou exposição de inovações e novas tecnologias, com participação do PTI e empresas incubadas.
A Itaipu
Com 20 unidades geradoras e 14 mil MW de potência instalada, a Itaipu Binacional é líder mundial na geração de energia limpa e renovável, tendo produzido, desde 1984, mais de 2,6 bilhões de MWh. Em 2016, a usina brasileira e paraguaia retomou o recorde mundial anual de geração de energia, com a marca de 103.098.366 MWh. Em 2018, a hidrelétrica foi responsável pelo abastecimento de 15% de toda a energia consumida pelo Brasil e de 90% do Paraguai.
Assessoria (Fotos: Sara Cheida/Itaipu Binacional)