O Ministério Público do Paraná denunciou 13 pessoas pela prática de crimes de desvio de recursos públicos, usurpação de função pública e lavagem de dinheiro no âmbito do transporte coletivo de Foz do Iguaçu, Oeste do estado. A denúncia é um desdobramento da Operação Riquixá, deflagrada pelo MPPR em 2016, a partir de Guarapuava, que apurou a existência de organização criminosa no segmento de concessão de transporte coletivo urbano em diversas cidades do país.
Entre os denunciados, constam agentes públicos, advogados, profissionais ligados a engenharia de transporte e empresários do ramo do transporte coletivo.
Os fatos denunciados nesta terça-feira, 28 de outubro, datam de 2010. São requeridos integrantes de um grupo empresarial que possui concessões do transporte coletivo em diversos municípios paranaenses que, no caso de Foz do Iguaçu, se aliaram a empresários locais. Também são alvos da denúncia dois advogados (que faziam parte do núcleo técnico da organização criminosa, já denunciado no âmbito da operação), dois ex-secretários municipais (à época, ocupavam as pastas de Administração e Obras), uma servidora do setor de licitações e um procurador jurídico.
As investigações foram conduzidas pelo Núcleo de Guarapuava do Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco) e pelo Grupo Especializado na Proteção ao Patrimônio Público e no Combate à Improbidade Administrativa (Gepatria).