O diretor-geral brasileiro de Itaipu, general Joaquim Silva e Luna, falou sobre gestão estratégica e os principais desafios da binacional aos alunos da Escola de Aperfeiçoamento de Oficiais (Esao) do Exército Brasileiro. A palestra, na tarde desta sexta-feira (18), lotou o Cineteatro dos Barrageiros, com a participação de mais de 500 oficiais.
O diretor fez um relato histórico dos principais fatos que permitiram a constituição da usina, desde as negociações diplomáticas, ainda nos anos 1960; a assinatura do Tratado de Itaipu (1973); a construção da barragem, que chegou a movimentar mais de 40 mil trabalhadores simultaneamente no canteiro de obras; e a importância da usina para a segurança hídrica e energética dos dois países.
Silva e Luna também falou sobre a nova gestão da empresa, que tem como marca a austeridade, seguindo as diretrizes do governo federal e os princípios constitucionais de legalidade, impessoalidade, moralidade, publicidade e eficiência. Também discorreu sobre os desafios para os próximos anos – como a renovação do Anexo C do Tratado de Itaipu, o processo de atualização tecnológica e a construção da nova ponte internacional entre o Brasil e o Paraguai.
“Itaipu exige um exercício permanente de diplomacia para defender os interesses do Brasil e do Paraguai, preservando a autonomia e a binacionalidade”, salientou o diretor, que ainda apresentou aos alunos um panorama do mundo atual, incluindo as novas tecnologias, o avanço da comunicação e o processo de globalização. Ao final, respondeu perguntas sobre temas como gestão e segurança cibernética.
Instalação estratégica
O comandante da Esao, general-de-brigada Carlos Augusto Ramires Teixeira explicou que os alunos são todos capitães do Exército, com 13 a 15 anos de carreira, que estão concluindo os estudos relativos aos anos de 2018 e 2019. “Essa conclusão de curso se faz com exercício no terreno e utilizamos a estrutura do Exército aqui de Cascavel”, afirmou.
“Portanto, aproveitamos essa vinda a Cascavel para conhecer uma instalação estratégica do nosso País. Porque boa parte desses 500 capitães não vai ter a oportunidade de retornar aqui na sua vida profissional. E queremos que eles tenham noção da importância estratégica que é a usina de Itaipu”, completou.
Após a palestra, Silva e Luna e o superintendente de Segurança Empresarial (SE.AE) da margem paraguaia, o general Juan Jose Casaccia Furiasse, que estudou na Esao, também foram homenageados pelos alunos, que são capitães do Exército, de todos os Estados brasileiros. Em seguida, o grupo partiu para uma visita à usina, coordenada pela Divisão de Relações Públicas (CSRP.GB).
Além dos oficiais brasileiros, integraram o grupo militares da Guiana, Uruguai, Moçambique, Argentina, Paraguai e Guiné.
A Itaipu
Com 20 unidades geradoras e 14 mil MW de potência instalada, a Itaipu Binacional é líder mundial na geração de energia limpa e renovável, tendo produzido, desde 1984, mais de 2,6 bilhões de MWh. Em 2016, a usina brasileira e paraguaia retomou o recorde mundial anual de geração de energia, com a marca de 103.098.366 MWh. Em 2018, a hidrelétrica foi responsável pelo abastecimento de 15% de toda a energia consumida pelo Brasil e de 90% do Paraguai.
Assessoria (Rubens Fraulini / Itaipu Binacional)