A morte do iguaçuense Léo Antonio Michels Ostrovski, de 38 anos, na última sexta-feira (11), no centro de Curitiba, levantou várias hipóteses na investigação da Polícia Civil do Paraná (PCPR). Uma delas, é de que Léo pode ter sido vítima de homofobia, já que era ativista da causa LGBTI. Segundo a delegada Tathiana Guzella, da Divisão de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP), o caso é intrigante, pois não condiz com os demais homicídios.
“O crime tem algumas peculiaridades e algumas linhas investigativas, tanto com ex-companheiros, como informações que Léo poderia ter, ou até mesmo vingança. Não descartamos nenhuma hipótese. Aparentemente, não há indício de que seja um crime homofóbico, mas é uma linha de investigação que não estamos descartando”, esclareceu a delegada.
Léo foi morto a tiros na entrada do prédio em que vivia, na esquina das ruas Alameda Augusto Stelfed com Visconde de Nácar.
De acordo o Tenente Carassai, do 12º Batalhão da Polícia Militar, a vítima foi assassinada por dois homens em uma moto, com a mochila de um aplicativo de comida. “Dois suspeitos em uma moto, com a mochila do aplicativo, balearam ele. Os vizinhos escutaram cerca de dois a três tiros e ligaram para a polícia”, disse.
A vítima morreu de pé, escorada no portão da garagem. Um detalhe chamou a atenção da polícia: foi o fato do homem estar segurando um documento de identidade. Não se sabe se ele teria feito algum pedido pelo aplicativo, ou se de fato esperava alguém.
Léo não tinha passagens pela polícia e, segundo a irmã dele, Ana Paula Ostrovski, o homem era uma pessoa pacifica. A família soube da morte dele 24 horas depois, quando a mãe de Léo recebeu uma mensagem na rede social recebemos os pêsames.
“Léo era um ativista da causa LGBTI e nunca teve briga com ninguém. Não bebia, não fumava, não usava droga. Não temos noção do que pode ter acontecido. O crime aconteceu na sexta-feira de noite e, no sábado, a pessoa entrou em contato com a minha mãe, pelas redes sociais, dando os pêsames”, disse Ana Paula.
Investigação
O caso seguirá sendo investigado pela PCPR. “Desde o momento que ocorreu, estamos investigando o caso. Importante que a população também nos ajude com qualquer informação, entrando em contato com a DHPP”, concluiu Guzella.
Fonte: Banda B