O diretor de Controle de Doenças Imunopreveníveis, do Ministério da Saúde da Argentina, Cristian Biscayart, pediu esta semana que a população não viaje antes de se vacinar contra o sarampo. De acordo com o Ministério, o país não registrava casos da doença desde o ano 2000, e apenas em 2019 já foram confirmados 26 casos.
“Porém, estamos em período que podem aparecer novos casos e por isso pedimos que quem tiver dúvida se informe e tome a vacina outra vez, se for necessário”, disse Biscayart.
Até o momento, todos os casos registrados são em municípios da província de Buenos Aires, entre eles a de uma mulher que acredita no movimento anti-vacinas, que teria contagiado os cinco filhos. Desde setembro deste ano, o Ministério da Saúde ampliou a vacinação para crianças de seis a 11 anos meses, nestas áreas de risco.
“É importante entendamos que existe a obrigação de vacinação e que não é uma opção, nem mesmo por objeções pessoais ou religiosas”, disse o diretor sanitário, informando ainda, que grande parte dos casos da doença registrados recentemente são em crianças menores de um ano.
Iguazú
Em Puerto Iguazú, na fronteira com a brasileira Foz do Iguaçu, o único caso registrado da doença foi em um turista russo, que antes de passar pela cidade esteve em Buenos Aires e Montevidéu, no Uruguai. Ele entrou na Argentina no dia 9 de março e no dia 14 apresentou febre. No dia 23 de março o estrangeiro retornou a Russia.
A Secretaria de Governo da Saúde da Argentina alertou que pessoas que tenham entrado no mesmo voo que o estrangeiro, procurassem uma unidade de saúde como medida de prevenção.
Este foi o único caso registrado em Iguazú, mesmo assim, uma campanha de vacinação foi iniciada no último 23 de setembro, quando mil pessoas foram vacinadas.
Uma das preocupações das autoridades sanitárias da fronteira argentina, é a aproximação com o Brasil, onde já foram confirmados mais de três mil casos de sarampo, a maioria no estado de São Paulo. Do total de turistas que Iguazú recebe anualmente, 38% são brasileiros.