O Paraná está entre os estados brasileiros com menores taxas de furtos e roubos de veículos no primeiro semestre de 2019, na comparação com outros sete, mais o Distrito Federal. O levantamento considerou apenas as unidades federativas com maiores populações e maiores frotas de veículos, e com dados disponíveis nos sites das respectivas secretarias de segurança. O estudo contabilizou o número de ocorrências para cada 100 mil habitantes.
Entre os estados analisados – incluindo também Santa Catarina, Rio Grande do Sul, São Paulo, Rio de Janeiro, Minas Gerais, Goiás e Distrito Federal – o Paraná apresentou a segunda menor taxa de roubos, com 40 veículos roubados por 100 mil habitantes ou, em números absolutos, 3.061 ocorrências nos seis primeiros meses de 2019. No caso dos furtos, o Estado tem o terceiro menor índice (junto com Minas Gerais e Goiás), com 102 veículos furtados para cada 100 mil habitantes. Houve 7.832 ocorrência no primeiro semestre de 2019.
Os dados constam no Relatório Estatístico Criminal feito pela Polícia Militar do Paraná, divulgado nesta semana, e que aponta que os estados do Sul têm as melhores taxas de furtos e roubos de veículos.
De acordo com o estudo, de janeiro a junho deste ano foram 10.893 ocorrências de furtos e roubos de veículo no Paraná, uma taxa de 142 para cada 100 mil habitantes. Dentre esses estados, o Paraná é o quinto mais populoso e possui a terceira maior frota de veículos do país, com 1,5 carro para cada habitante.
“Temos políticas públicas implantadas e planejamento estratégico para combater o crime. O Paraná apresenta resultados surpreendentes em todas as áreas. Reduzimos homicídios, mas também trazemos progresso ao cidadão. Estamos entre os melhores indicadores de furto e roubo de veículos, com reflexo na redução para os custos de seguro de veículos”, destaca o chefe do Estado-Maior da Polícia Militar, coronel Lanes Randal Prates Marques, responsável pelo estudo.
METODOLOGIA – O levantamento foi baseado em informações de ocorrências de furtos e roubos divulgadas pelas secretarias estaduais de segurança, nos dados de frota de veículos do Departamento Nacional de Trânsito (Denatran) e sobre a população apresentados no site do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
“Neste relatório buscamos abordar os crimes patrimoniais de roubo e furto por dois fatores. O emprego de violência, muito noticiado nos meios de imprensa, se tornando o que mais afeta a população brasileira, logo depois do homicídio, e pela perda do bem, que também impacta a sociedade como um todo”, explica o coronel.
RESULTADO GERAL – Com relação a roubos de veículos, o Paraná tem a segunda menor taxa no relatório comparativo, com 40 veículos roubados por 100 mil habitantes ou, em números absolutos, 3.061 ocorrências nos seis primeiros meses de 2019.
Ainda quanto aos roubos, em primeiro lugar no ranking, com o menor índice, ficou Santa Catarina, com 10 roubos por 100 mil habitantes. Após os dois estados do Sul estão Minas Gerais (taxa de 48/100 mil habitantes), Goiás (62), São Paulo (80), Rio Grande do Sul (84), Distrito Federal (93) e Rio de Janeiro (317). “Deve-se observar que São Paulo tem uma taxa que é o dobro do Paraná, e o Rio de Janeiro uma taxa sete vezes maior”, ressalta o coronel.
No caso dos furtos de veículos, no Paraná foram 102 casos para cada 100 mil habitantes (7.832 ocorrências), o que dá ao Estado a terceira menor taxa, junto com Minas Gerais e Goiás. No estudo, apresentaram maior número de furtos o Distrito Federal (taxa de 247), São Paulo (153), Rio de Janeiro (119). Acima do Paraná, nas melhores colocações, ficaram Santa Catarina (47) e Rio Grande do Sul (91).
FURTOS E ROUBOS – Somando as ocorrências de furtos e roubos de veículos, o Paraná ficou em segundo lugar na lista, no primeiro semestre deste ano, com 142 registros por 100 mil habitantes (10.893 registros), ficando atrás apenas de Santa Catarina, que registrou taxa de 57 ocorrências/100 mil habitantes. Dois dos estados da lista aparecem com taxa superior ao dobro da registrada no Paraná. São eles o Distrito Federal (340) e Rio de Janeiro (435).
“Para definirmos o nível de segurança de uma unidade federativa não devemos observar somente as taxas de mortes violentas e sim buscar comparar dados de outros crimes. Podemos afirmar que entre os maiores estados do Brasil, o Paraná é o segundo mais seguro, o que se evidencia ao analisarmos os crimes descritos neste relatório. Nossa experiência demonstra que, quando é feito adequadamente o policiamento preventivo, os delitos de roubos de veículos tendem a diminuir”, conclui.
RECUPERAÇÃO – O relatório também divulgou a taxa de recuperação durante os seis primeiros meses de 2019. O Paraná recuperou 6.713 veículos, 61,6% daqueles roubados e furtados. Além do Paraná, apenas cinco estados divulgaram o número de recuperação de veículos: São Paulo (42,2%), Rio de Janeiro (50,3%), Rio Grande do Sul (44,2%), Distrito Federal (39,5%) Goiás (65,7%). Santa Catarina Minas Gerais e Goiás não divulgaram a informação.
“Vamos continuar evoluindo com inteligência e tecnologia, investimentos em inovação na atuação policial. O cidadão é o grande beneficiário dessa segurança de quarta geração, capaz de responder aos melhores anseios de desenvolvimento social sustentável”, completa o coronel.
AEN