Uma manifestação de ‘paseros’ no Paraguai terminou em confronto com a polícia na manhã desta terça-feira, 10. Os manifestantes bloquearam o trânsito da Ponte Internacional da Amizade no sentido Brasil/Paraguai e, quando foram impedidos pelas forças policiais, passaram a arremessar pedras, paus e outros objetos contra os agentes.
O pelotão de choque revidou com bombas de efeito moral e tiros de bala de borracha. Durante o confronto, o comissário da Polícia Nacional foi atingido no rosto por uma pedrada e precisou de atendimento médico.
Pelo menos três manifestantes foram identificados e presos. Nenhum manifestante ficou ferido.
Este foi o segundo protesto de “paseros” nesta semana. Ontem eles já havia se manifestado, no entanto, após uma reunião com representantes da Aduana e com o Governador de Alto Paraná, Roberto Gonzallez, chegaram a um acordo que foi assinado em ata e o protesto ocorreu de forma pacífica. Porém a categoria alegou que nesta terça-feira, 10, o acordo não foi cumprido.
Um dos itens firmados no acordo era de que não haveria fiscalização na Aduana paraguaia na saída Ponte Internacional da Amizade, mas, de acordo com alguns trabalhadores, quando passavam com as mercadorias nesta manhã, os fiscais, além de verificar os produtos, retiveram mercadorias como melancia, tomate e ovos, o que, segundo eles, deveria ser liberado para comercio.
Os “paseros” são pequenos transportadores e comerciantes paraguaios que levam mercadorias de Foz do Iguaçu a Ciudad del Este. A maioria dos produtos transportados do Brasil são frutas, legumes e alguns animais vivos, como frango.
Desde que assumiu a presidência, Mario Benítez deu ordem para “tolerância zero” para esse tipo de comércio e, desde então, foi reforçado o controle aduaneiro em todas as fronteiras do país. Os “paseros” criticam o governo de Marito.
O confronto de hoje começou na região da Aduana e se estendeu pela Ruta Internacional, na pista sentido Brasil/Paraguai. Os manifestantes ficam entre as barracas e nas portas de lojas arremessando os objetos e quando a polícia se aproximava eles entravam nos prédios. A ‘batalha’ durou cerca de uma hora.