Com o foco no tratamento de patologias neurodegenerativas, foi criado, em 2018, o Laboratório de Neurofarmacologia Clínica da Unila. Ligado ao curso de Medicina e ao mestrado em Biociências, o laboratório dedica-se à pesquisa de novos tratamentos tendo como carro chefe o uso de canabinoides, substâncias químicas encontradas na planta Cannabis sativa.
Uma das pesquisas está testando o resultado que a utilização de microdoses de extrato de Cannabis causaria em pacientes com Parkinson. Os pesquisadores já perceberam um incremento motor dos movimentos, sem efeitos colaterais, em um estudo feito em um paciente. Agora, em parceria com a Associação Medianeirense de Portadores de Parkinson, a mesma hipótese está sendo testada em um grupo maior de pessoas.
O extrato também foi testado em um paciente de 75 anos com Alzheimer e que foi diagnosticado há três anos. “Verificou-se que, com uma dose muito baixa, o déficit de memória deste paciente foi totalmente revertido e, hoje, ele apresenta uma performance de memória e cognição semelhante a um paciente de sua idade sem a doença”, relata o coordenador do Laboratório, professor Francisney do Nascimento.
O estudo também será estendido para avaliar se o fenômeno pode acontecer em outros pacientes. “Em caso positivo, seria uma grande aposta de tratamento futuro para pacientes que sofrem alzheimer”, diz Elton Gomes da Silva, neurologista responsável pelo estudo.