A juíza Flávia Hora, da Justiça Federal, continua ouvindo nesta quarta-feira (4) o ex-prefeito de Foz do Iguaçu, Reni Pereira, réu na Operação Pecúlio, que investigou um suposto esquema de desvio de dinheiro entre a prefeitura, empreiteiras e Câmara de Vereadores, entre os anos de 2013 e 2016.
Reni começou o depoimento de hoje confirmando a indicação de cargos comissionados por vereadores, na prefeitura. O ex-prefeito falou ainda sobre a relação com os presidentes da Câmara de Vereadores durante sua gestão, José Carlos Neres e por último, Fernando Duso. Reni contou que logo após a eleição, teve preferência por Dilto Vitorassi como presidente do legislativo, mas a base aliada preferiu apoiar Zé Carlos.
Em um segundo momento do depoimento, a juíza mostrou o áudio de um telefonema entre Reni e o ex-vereador Hermógenes de Oliveira (Mogênio), onde conversam sobre Geoprocessamento. No áudio, Mogênio falava sobre críticas que o governo estava recebendo pelo aumento do IPTU. Reni negou pagamento de “mensalinho” aos vereadores.
A defesa de Pereira informou que irá apresentar ao longo dos cinco dias de depoimentos, documentos e gravações do período das denúncias, comprovando que os delatores mentiram para deixar a prisão. De acordo com o Ministério Público Federal, Reni Pereira chefiou o esquema apelidado de “mensalinho”, que acabou na prisão de 12 vereadores, acusados de receber propina em troca de apoio ao governo municipal.