O Ministério da Justiça e Segurança Pública fortaleceu a atuação integrada com outros órgãos para conseguir resultados efetivos no combate ao crime organizado, aos crimes violentos e à corrupção. No Paraná, a Operação Hórus, apoiada pela Secretaria de Operações Integradas (Seopi), completou três meses em julho e evitou prejuízos de mais de R$ 48 milhões aos cofres públicos ao barrar a entrada de produtos contrabandeados e drogas em território brasileiro.
A operação é realizada na região de Guaíra (PR) pela Polícia Federal, Polícia Militar do Paraná (BPFron), Exército Brasileiro, Polícia Rodoviária Federal, Força Nacional de Segurança Pública e Receita Federal. Estima-se que a cadeia criminal do contrabando de cigarros envolva pelo menos 13 crimes, como corrupção, tráfico de drogas e de armas, roubo de veículos e de cargas, além de crimes violentos como homicídio e latrocínio.
Desde seu início, em maio, a Operação Hórus apreendeu 60 veículos (caminhões, carros e motos), 30 embarcações usadas pelos criminosos, 15,3 mil caixas de cigarro (equivalente a mais de 7 milhões de maços), mais de 3 toneladas de maconha e 200 kg de agrotóxicos contrabandeados.
A ação também resultou na prisão de 27 pessoas e apreensão de um adolescente. Estima-se que os criminosos deixaram de lucrar R$ 35 milhões apenas com venda dos cigarros e mais de R$ 1 bi com a venda de drogas.
Em missões de reconhecimento durante os primeiros meses do ano, quando a Operação Hórus estava em fase de planejamento, as equipes contabilizaram uma média de 200 lanchas clandestinas, por noite, que trafegavam impunes ao norte da Ponte Ayrton Senna, rumo aos estados do Paraná, Mato Grosso do Sul e São Paulo.
Com isso, estima-se que a ação integrada evitou a entrada de 455 milhões de maços de cigarro contrabandeado do Paraguai em território brasileiro, o que geraria lucro de mais de R$ 2 bilhões às organizações criminosas.
“A Operação Hórus faz parte de um contexto maior e muito mais amplo. Trata-se de um projeto-piloto do Programa Nacional de Segurança nas Fronteiras – o VIGIA – que está sendo implementado pelo Ministério. Após o período de teste inicial, o desafio é ampliar o programa e levá-lo aos 11 estados de fronteira, que abrangem quase 17 mil quilômetros e, posteriormente, incorporar os mesmos princípios ao combate aos crimes em áreas de divisas interestaduais”, afirma o coordenador-geral de fronteiras da Secretaria de Operações Integradas (Seopi/MJSP), Eduardo Bettini.
Assessoria