O presidente Jair Bolsonaro comentou o acordo energético que gerou uma crise política no Paraguai assinado em maio desse ano por ele e pelo presidente paraguaio Mario Abdo Benítez (Marito). Segundo o acordo, o Paraguai se comprometia a comprar mais energia da Itaipu Binacional. Hoje o país compra cerca de 60% menos do que deveria, e usa a energia excedente produzida pela hidrelétrica binacional por um preço bem menor.
O presidente Bolsonaro destacou o relacionamento com o Paraguai, que segundo ele é excelente e disse também que está disposto a fazer justiça. “Nosso relacionamento com o Paraguai é excepcional, excelente. Estamos dispostos a fazer justiça nesta questão de Itaipu binacional que lá é importantíssima para o Paraguai e importante para nós” disse.
Desde que os termos do acordo foram divulgados na semana passada, o governo paraguaio vem sofrendo pressão para alterar os termos. O tema levou a uma crise política que resultou na renúncia de quatro autoridades paraguaias, entre elas o diretor-geral da Itaipu do lado paraguaio, José Alderete.
Bolsonaro não deu detalhes de como o Brasil pretende proceder nas tratativas, mas dirigiu elogios a Marito. “Ontem eu conversei com o general Silva e Luna, o presidente da parte brasileira de Itaipu. Estamos resolvendo este assunto. Pode deixar que o Marito vai ser reconhecido pelo bom trabalho que está fazendo no Paraguai” destacou. Questionado se o Brasil cederia, ele não quis dar detalhes, “não é questão de ceder ao Paraguai. Não é meio a meio? A princípio é por aí. As pequenas derivações a gente acerta aí” respondeu ele.
Na visão de autoridades paraguaias, o acordo energético assinado com o Brasil em maio, que traz diretrizes sobre a energia da hidrelétrica de Itaipu até 2022, seria prejudicial para o país e custaria ao governo US$ 250 milhões.
Com informações do Zero Hora.