Novos valores mínimos serão incluídos na tabela de frete. A ideia é fazer uma reanálise dos valores colocados pela Agência Nacional de Transportes Terrestres, a ANTT, na última tabela publicada, e tentar chegar a um acordo com os setores envolvidos, até a próxima semana,
Isso foi o decidido na reunião ontem, quarta-feira (24), entre governo, caminhoneiros autônomos, embarcadores e transportadores para resolver o impasse da tabela do frete. De acordo com Norival de Almeida, presidente da Federação dos Caminhoneiros de Carga do Estado de São Paulo, cada setor deve enviar uma proposta que, de alguma forma, garanta o lucro.
A reunião foi conduzida pelo ministro da Infraestrutura, Tarcísio de Freitas, na sede do ministério. Desde o começo desta semana, o governo federal trabalha para evitar uma nova greve dos caminhoneiros.
A última tabela, que começaria a valer no sábado (27), foi suspensa após insatisfação da categoria. De acordo com os motoristas, a ausência de um piso mínimo para o frete, que garanta uma margem de lucro, prejudica os profissionais.
Outro ponto que gerou insatisfação da categoria foi a exclusão dos pedágios pagos pelos caminhoneiros no cálculo do piso da categoria. A tabela da ANTT só definiu o cálculo que incluía o tipo de veículo, carga e distância percorrida.
A nova tabela rejeitada pela categoria foi elaborada pela ANTT e a Esalg, a Escola Superior de Agricultura Luiz de Queiroz da USP. Segundo a agência reguladora, a tabela foi elaborada com a ajuda dos caminhoneiros, em audiências públicas.
Com o impasse, os motoristas que transportam cargas ameaçaram cruzar os braços novamente, repetindo a paralisação de maio de 2018, o que, por hora, está descartado pelos caminhoneiros.
Agência Brasil