O senador Álvaro Dias (PODE-PR) comentou na última sexta-feira, 12, durante entrevista à Rádio Cultura, a Reforma da Previdência. A proposta está sendo discutida na Câmara Federal e, em seguida, será analisada pelo Senado. Para Dias, os deputados fizeram justiça ao manter regras mais brandas aos policiais de nível federal.
A emenda que garantiu regras diferentes à categoria foi de autoria do Podemos, partido do senador. “A emenda retirou um pouco a injustiça que estava se cometendo contra os policiais” destacou. As regras são válidas apenas para policiais das categorias federais, já que municípios e estados não entraram na reforma.
A emenda prevê que a idade mínima para Polícia Federal, Polícia Rodoviária Federal, Polícia Ferroviária Federal, Polícias legislativas (Senado e Câmara) e Polícia Civil do Distrito Federal passa a ser de 53 anos para policiais homens e 52 para mulheres, desde que cumpram um período adicional de contribuição correspondente ao tempo que, na data de entrada em vigor da nova Previdência, faltará para atingir os tempos de contribuição da lei complementar de 1985 (pedágio de 100%).
“Foi feito justiça” comemorou Álvaro, destacando o trabalho que é realizado pelas forças policiais, “é uma categoria que recuperou, só no caso da Operação Lava Jato mais de 13 bilhões de reais” argumentou ele, “quantos policiais recuperam de contrabando, de tráfico de drogas, na faixa de fronteira” acrescentou.
Ele também falou sobre a expectativa de vida dos policias, que pra ele é menor que outras categorias, “a expectativa de vida do policial é bem inferior em relação as outras categorias” defendendo que é necessário estimular a categoria, “estamos tranquilos com essa questão” concluiu.
Álvaro negou que o Senado possa desidratar a reforma, “nosso objetivo é manter da forma que chegar da câmara para vigorar imediatamente” ressaltou.
O senador informou também que em seguida será criada uma PEC (Proposta de Emenda Constitucional) para incluir estados e municípios. “Os estados e municípios não aguentarão a pressão para realizar uma reforma isoladamente” justificou.
Confira a entrevista completa: