O Ramo Imobiliário de Foz do Iguaçu teve crescimento vertiginoso nos últimos anos. Impulsionado pela onda de estudantes que chegam à cidade, tanto os que vêm para estudar medicina no Paraguai, como os que ocupam vagas nas Universidades da cidade, o setor deve ser aquecido ainda mais com a transferência dos funcionários da Itaipu do escritório de Curitiba para Foz. No entanto, os processos burocráticos das secretarias municipais não acompanham a evolução do mercado.
Pensando nisso, empresários se reuniram com o prefeito Chico Brasileiro na manhã desta segunda-feira, 17, para cobrar uma modernização no sistema e agilidade nos processos. Além disso, os empresários também cobram uma redução na taxa de avaliação de imóveis e ITBI (O Imposto sobre Transmissão de Bens Imóveis), que estão muito acima do valor de mercado.
Os empresários Paulo Natucci, Celso Tocheto, Camilo Rorato, Paulo Pulcinelli, Claudio Rorato, Valter Baldan, entre outros, foram recebidos pelo prefeito Chico Brasileiro, secretário da Fazenda, Ney Patrício, e pelo procurador do município, Dr. Osli Machado. Um dos principais problemas burocráticos apresentados pelo grupo foi a demora para a liberação de licenças ambientais. Em alguns casos, houve perda de investimentos devido ao tempo para a liberação do alvará.
Ciente dos problemas, o prefeito Chico Brasileiro criou uma comissão, que será liderada pelo procurador do município, Osli Machado, que deverá apresentar respostas nas próximas semanas. “Não era novidade pra nós da prefeitura os percalços que eles enfrentam e que nós enfrentamos” declarou o procurador, que já agendou uma reunião para esta terça-feira, 18, para discutir soluções a serem apresentadas.
Sobre o ITBI, o procurador disse que serão realizadas correções, “a reclamação é que o valor do ITBI cobrado pela prefeitura está acima do valor do mercado, e boa parte das vezes nós reconhecemos que tem problemas, há uma super avaliação de imóveis e a gente precisa corrigir isso, não são todos os casos, mas alguns estão e nós vamos corrigir”, afirmou.
Sobre as licenças ambientais, Osli diz que o principal problema é a distância entre o protocolo e a secretaria de Meio Ambiente, e isso será resolvido, “o nosso protocolo é aqui no centro, até a documentação chegar no Bordin, onde funciona o Meio Ambiente demora de um a dois dias, nós queremos encurtar isso, vamos criar condições para o processo andar mais rapidamente, e se é problema de logística, vamos para o digital, vamos entender o problema e ofertar respostas rápidas pra isso” concluiu.