Na manhã desta sexta-feira, 10, o governador Carlos Massa Ratinho Junior concedeu entrevista à Rede de Comunicação Costa Oeste, durante o programa Contraponto da Rádio Cultura de Foz do Iguaçu. O Governador está na fronteira para acompanhar o lançamento da pedra fundamental da segunda ponte, ligando Foz do Iguaçu a Presidente Franco no Paraguai.
Hospital Municipal
Durante a entrevista, o Governador foi questionado sobre o Hospital Municipal de Foz, que não recebe recursos do estado desde o fim do ano passado. O Governador afirmou que está articulando com a EBSERH, empresa que faz a Gestão e Administração dos Hospitais Públicos Federais para assumir a gestão em Foz do Iguaçu.
Ele afirmou também que está realizando um reequilíbrio das contas dos hospitais do estado, e garantiu que vai encontrar uma solução para o Hospital de Foz. Em entrevista ontem, ele disse que não havia critérios técnicos para os repasses, por isso foram temporariamente cortados.
Perimetral Leste e Avenida das Cataratas
O Governador comentou sobre a segunda ponte que vai ligar Foz do Iguaçu ao Paraguai. O recurso é da Itaipu, investimento de cerca de 350 milhões de reais, no entanto, a gestão da obra ficará a cargo do governo do estado. Ratinho afirmou que a Perimetral Leste, via que deverá desviar o trânsito de caminhões do centro da cidade, faz parte das obras da ponte.
Ratinho Junior disse também que pretende duplicar a Avenida das Cataratas. Segundo ele, o estado tem interesse de assumir a gestão da rodovia, que é Federal, para realizar a obra.
“Estamos conversando com o ministro Tarcísio (Tarcísio Gomes de Freitas, ministro de infraestrutura), estamos pedindo a delegação do governo federal para que passe para o estado, passando para o estado o governo pode fazer investimento, até por que o projeto executivo dessa rodovia já está pronto, e queremos agilizar”, afirmou o governador. Ele acredita que a transferência de gestão da rodovia para o estado acontece ainda no primeiro semestre deste ano.
Paraná como centro logístico de transporte
O governador disse que pretende transformar o Paraná em um centro de logística de transporte para a América do Sul. O objetivo é ampliar as rodovias concessionadas e construir um braço da Ferroeste até Foz do Iguaçu.
Segundo Ratinho Junior, a meta é elevar, dos atuais 2600 km, para 4100 km de rodovias concessionadas, “com uma licitação transparente, vai ser na Bolsa de Valores para todos os grandes investidores do mundo participar” destacou. “Estamos criando corredores de transporte, corredores de escoamento de produção” ressaltou.
Ratinho salientou que o Paraná tem um agronegócio forte e vem crescendo na produção industrial, “além disso, se olharmos no mapa, nós somos o umbigo da América do Sul, é o menor trecho entre o Oceano Atlântico e o Pacífico”, explicou.
Turismo
Sobre turismo, o governador disse que está trabalhando para inserir Foz do Iguaçu na rota do turismo mundial. Ele afirmou que vai utilizar 35% do orçamento de comunicação para divulgar o turismo paranaense. Outra medida vai ser transformar a TV Educativa em TV Paraná Turismo, “vai ser 24h falando de turismo para o Brasil, por que nós estamos na parabólica para todo o Brasil” disse o governador.
Região Oeste
O governador também falou sobre os investimentos que deverão ser feitos no oeste paranaense, nas rodovias estaduais. “Fizemos todos um enxugamento, todos os cortes de privilégio, e fizemos um caixa e anunciamos 2 bilhões de recuperação de rodovias, as máquinas já começam em 33 lotes no estado, e nos próximos dias já devem chegar máquinas no oeste do Paraná para amenizar esses problemas.
Segurança
Ratinho também falou sobre segurança, destacando que o Paraná vai receber o a central de inteligência do sul do país que vai estar sediado em Curitiba. Ele informou também que estão sendo licitados 4 novos presídios e devem ser construídos mais 6 até o final do governo. “O Paraná é o estado que mais tem presos em delegacias, quase 11 mil, quando não era pra ter nenhum”.
Universidades
O governador disse que não pretende cortar recursos das universidades, no entanto, cobrou um retorno maior para a sociedade, “estamos conversando muito com os reitores para modernizar essa forma de gestão” afirmou.
Confira a entrevista completa: