A prefeitura emitiu um relatório nesta terça-feira, 23, dos casos notificados e confirmados de dengue. Em 2019, entre janeiro e abril, já são 397 casos confirmados da doença, com 2.641 notificações. No ano passado, de janeiro a dezembro, foram confirmados 372 casos, o que indica que só nos 4 primeiros meses deste ano já houve 6,72% a mais do que no ano passado todo.
O LIRAa, Levantamento de Índice Rápido para infestação por Aedes aegypti (mosquito transmissor da doença) apontou em seu último demonstrativo, fechado no início de abril, um IIP (índice de infestação predial) de 5,4%, em algumas regiões chegando a 15,7%. Esses dados apontam que há risco de um surto de dengue no município. O ideal seria menos que 1% de infestação.
Em Foz do Iguaçu foi verificada a circulação dos vírus DEN-1, DEN-2 e DEN-4, e no mosquito segundo levantamentos anteriores; DEN-2, DEN-4, Zica e Chicungunya.
No ano epidemiológico, que se inicia em agosto, já foram registrados até o início do mês de abril 3.332 notificações e 421 casos confirmados da dengue.
Como forma de combate ao mosquito, estão circulando na cidade os chamados veículos fumacês, caminhonetes fornecidas pelo governo do estado que pulverizam veneno pelas ruas, no entanto, apenas dois desses veículos estão no município. Recentemente a prefeitura fez o pedido de mais 12 veículos, mas teve a confirmação foram confirmados apenas mais dois.
A prefeitura tem realizado alguns mutirões de limpeza nos bairros como estratégia para diminuir a procriação do mosquito. Na primeira investida, quatro regiões foram atendidas, com mais de 50 toneladas de lixo retiradas e 300 casas visitadas. Pontos de bota fora foram estipulados nos bairros, porém a população não tem contribuído e em poucos dias o lixo volta a ser descartado de forma ilegal. A secretaria da fazenda já autuou 169 imóveis e mais 115 foram notificados.
Agentes comunitários e funcionários do Centro de Controle de Zoonoses estão realizando visitas nos bairros com maior número de infestação a fim de orientar a população quanto ao combate ao mosquito.
Agentes de saúde estão encaminhando pessoas com os sintomas para Unidades Básicas de Saúde (UBS). Hoje 60% das notificações da doença dengue são realizadas nas UPAs, o que acaba superlotando o loca.