As Comissões reunidas da Câmara Municipal de Foz do Iguaçu realizam no dia 24 de abril uma audiência pública para debater o projeto de lei de autoria do executivo que trata da retirada de 63 famílias do Arroio Dourado. O local funcionava como lixão da cidade, antes da criação do aterro sanitário na região do Porto Belo. Segundo o Ministério Público, o local está contaminado, inclusive com risco de explosões devido ao gás metano produzido pelo lixo encoberto. No entanto, os moradores não concordam.
Segundo o presidente da Associação de Moradores, Marcílio Martin, a área onde estão as residências não é contaminada. “De repente vocês estão arrancando os moradores do Arroio Dourado sem saber o por que” diz. “Nós não vamos aceitar isso, nós não vamos engolir, aqui tem o povo sério, povo sadio, um povo tranquilo sem nenhum problema” defende.
Ele disse também que os moradores estão montando uma documentação que refuta a tese apresentada pelo Ministério Público de que há riscos no local. “Já falamos com a Dra. Olenka, que é defensora pública, a Unila (Universidade Federal da Integração Latino – Americana) está nos ajudando, e essa história de que o Arroio é área de risco vai acabar” destaca. Uma outro argumento apresentado pela Justiça é de que a água no local também é contaminada. mas Martin diz que não procede a informação, “a água que nós tomamos é água pura, a Sanepar atesta regularmente e nunca fomos notificados”. Um grupo de vereadores foi até a comunidade conversar com os moradores.
A prefeitura atende a uma determinação da justiça em demanda que tramita desde 1999 no Ministério Público Federal. O projeto para liberação de uma nova área para realocar os moradores tramita na câmara e deve ser votado após audiência publica. A proposta da Prefeitura é liberar uma área para construção das futuras moradias.