O diretor-geral brasileiro de Itaipu, Joaquim Silva e Luna, disse que os projetos apoiados pela hidrelétrica deverão se adequar a missão da empresa. A afirmação foi feita na terça-feira (9) durante uma conversa com jornalistas de Foz do Iguaçu, no centro administrativo da empresa.
Um grupo de trabalho foi formado para rever a atuação de duas importantes instituições criadas com o apoio da Usina, o Parque Tecnológico Itaipu (PTI) e a Universidade Federal da Integração Latino-Americana (Unila).
Sobre o PTI, Silva e Luna informou que uma pessoa já trabalha para ver o que realmente é de interesse ao trabalho feito pela hidrelétrica e o que é preciso ser revisto. “Precisa adequar de modo que o foco principal do PTI seja voltado a tecnologia de interesse da missão de Itaipu. O que não estiver focado com a nossa missão a ideia é que não prossiga”, disse.
Sobre a Unila, o diretor-geral ressalta que a universidade não atingiu o objetivo para que foi criada. “A Unila, penso que quando ela foi criada tinha uma finalidade, que não chegou. Já temos pessoas encarregadas em um estudo de o que fazer com a Unila. A Unila está sob responsabilidade do Ministério da Educação, mas interfere na Itaipu. A entrada pessoal passa por Itaipu, está dentro de nossa área.
Hoje, a Unila está dividida em dois polos. Um dentro do PTI e outro no Jardim Universitário, em Foz do Iguaçu. O prédio que começou a ser construído e que deveria abrigar a Unila, dentro do complexo da Usina, continua parado a espera de uma definição.
Silva e Luna informou que uma definição será tomada em conjunto com o Ministério da Educação (MEC). “A Unila seguramente gera um desconforto a todos”, disse.
O diretor-geral, que tomou posse em fevereiro deste ano, fez questão de salientar que a missão de Itaipu vai além da geração de energia, mas também de responsabilidade social com a região.