No ano passado a startup Acrux Aerospace Technologies completou 10 anos de história com a sua primeira exportação de um produto de alta tecnologia, um UAV (drone) de alto desempenho em fibra de carbono e titânio desenvolvido para vigilância e monitoramento.
No fim de 2016, após um ano de preparações e pesquisas de pós-doutorado no Instituto de Tecnologia de Israel – Technion, os fundadores da Acrux criaram um programa de reestruturação e capitalização para fomentar a decolagem da empresa já em 2019. Tal programa vem trazendo grandes resultados, e a startup já vem sendo reconhecida como uma das mais promissoras e representativas do setor NewSpace, sendo inclusive citada como a 21ª mais representativa no setor, por um grupo consultor inglês, a mais bem classificada por esse grupo na américa latina.
Em sua reestruturação, um dos projetos mais audaciosos está na aposta em bombas de propelentes elétricas e o uso do par propelente peróxido de hidrogênio e querosene de aviação como alternativa limpa, ecológica, hipergólica e não criogênica, que confere maior eficiência estrutural aos foguetes e principalmente baixíssimo custo e mais confiabilidade.
Nessa linha de pesquisa, em parceria com a Universidade Federal da Integração Latino-Americana – UNILA e a multinacional Renishaw, a equipe da Acrux projetou e irão testar nos próximos meses o primeiro motor-foguete a propelente líquido impresso em 3D da américa latina.
Tais pesquisam apontam para um projeto de veículo lançador que pode rapidamente determinar que o Brasil esteja no seleto grupo de países capazes de colocar satélites em órbita por meios próprios.
Ao Brasil, o sonho de um veículo lançador já custou centenas de milhões de reais, mas principalmente a vida de 21 profissionais que heroicamente se dedicavam a meta do VLS sendo lançado de Alcântara.
Nessa linha de trabalho, a empresa vem desde 2010 trabalhando no projeto e otimização de um lançador batizado internamente de Montenegro, em homenagem a um dos patriarcas do programa espacial brasileiro, que visa utilizar uma versão modificada do já qualificado foguete de sondagem nacional VSB-30, desenvolvido pelo IAE/DCTA juntamente com um estágio superior dotado de um motor-foguete a propelente líquido com a mesma tecnologia do motor em desenvolvimento.
Na configuração proposta pela equipe, tal veículo deverá ter um custo de US$ 500mil por lançamento, e poderá colocar satélites de até 38 kg se lançado do futuro Centro Espacial de Alcântara, e deverá contar com estágios reutilizáveis, reduzindo assim ainda mais o custo por lançamento.
Além dos projetos ligados ao setor de foguetes, a equipe vem trabalhando no projeto de um módulo de potência elétrica e painéis solares de baixo custo para CubeSats, projeto esse em fase de prototipação nos laboratórios da empresa.
Visando maior capitalização e cadência nas operações a equipe da Acrux vem trabalhando em parceria com centros de excelência em análises de dados ambientais para a promoção de um modelo de negócios baseado no emprego de deep learning e big data para o incremento de produtividade e a redução do uso de agrotóxicos por meio de monitoramento com drones, projeto com largo potencial econômico tanto para a Acrux como para futuros clientes.
Ainda visando as expansões da startup, foi de enorme importância o estabelecimento de uma forte parceria de pesquisa e produção com uma grande metalúrgica especializada em usinagem de precisão para a indústria automotiva e de defesa, na grande São Paulo.
Ao longo dos próximos meses uma série de expansões devem ser anunciadas, inclusive novas contratações para a aceleração dos projetos atuais. Para maiores informações sobre os projetos da startup e atualizações, acompanhem as mídias sociais e o nosso portal, venha fazer parte! Por um Brasil espacial!