O alimento que está diariamente no prato do brasileiro, o feijão, foi o principal responsável pelo aumento de 1,23% no valor da cesta básica em Foz do Iguaçu. No mês de fevereiro, o preço do feijão-carioca subiu 42,4% e o do feijão-preto, 33,9%. Os dados estão no último boletim do Índice de Preços ao Consumidor (IPC-Foz), divulgado pelo Centro de Pesquisas Econômicas e Aplicadas (Cepecon), da UNILA.
De acordo com o coordenador da pesquisa, Henrique Kawamura, vários fatores causaram o aumento no preço da leguminosa, como a redução da produtividade e questões climáticas. “A rentabilidade do feijão no ano passado foi baixa, e alguns produtores migraram para outras culturas. Dessa forma, houve redução da produção em cerca de 21%. Além disso, o clima quente prejudicou o desenvolvimento do feijão, impactando diretamente nos preços”, explica. Segundo Kawamura, cereais e leguminosas são itens de grande peso no orçamento familiar, e qualquer aumento gera um impacto significativo no índice geral.
O levantamento também apontou um aumento no preço da maioria das frutas consumidas pelos brasileiros. O preço da maçã aumentou 18,7%; o do mamão, 15,8%; e o preço da banana-caturra, 6,1%. A exceção é a banana-maçã, que está 11,6% mais barata. Entre as hortaliças e verduras, o maior aumento foi registrado no preço do repolho (36,2%), seguido pelo cheiro-verde (8,3%) e pela alface (2,1%). Entre os tubérculos, o preço da batata está 11,2% mais caro e o da cenoura aumentou 15,4%. O tomate continua em queda, apresentando redução de 0,52%, em fevereiro.
Outro produto que encareceu no mês de fevereiro foram os ovos, cujo preço aumentou 36,4%. De acordo com o Cepea, o aumento se deve à menor oferta da proteína e ao aumento da demanda por parte dos consumidores. Entretanto, o frango reduziu 5,8% e o frango em pedaços diminuiu cerca de 6,5%. Já as carnes, em média, reduziram 0,58%, com destaque para a costela (-9,7%), coxão mole (-7,5%), peito bovino (-4,4%) e carne de porco (-1,3%). Em contrapartida, o acém aumentou 12%; o músculo, 6,2%; e a alcatra, 6%.
Com grande peso no orçamento familiar, o preço do leite e derivados reduziu 4,4% no período. Está mais barato comprar iogurte (-11,2%), queijo (-8,6%) e leite UHT (-2%). A pesquisa completa está disponível em www.cepecon.com.
Fonte: Unila