Terminou no último sábado (2) a intervenção administrativa na prefeitura de Cidade do Leste, comandada pela ex-juíza Carolina Llanes. A auditoria entregue ao Ministério do Interior do Paraguai constatou pelo menos 15 denúncias de ilícitos na administração da prefeita afastada Sandra Zacarías McLeod. Além de Sandra, mais oito agentes públicos também foram denunciados.
Na segunda-feira, os vereadores se reuniram em sessão extraordinária para aceitar a renúncia de Sandra McLeod e elegeram o vereador Celso Miranda como prefeito. A decisão foi questionada por um grupo de quatro vereadores afirmando que a eleição é ilegítima. De acordo com os opositores, foi violado um artigo do regimento interno que deixa claro que toda sessão extraordinária deve ser divulgada com pelo menos 12 horas de antecedência. Os vereadores temem que a aceitação da renúncia da prefeita acabe com as investigações.
Nesta manhã, o Ministro do Interior, Juan Ernesto Villamayor, anunciou que apenas a Justiça Eleitoral poderá decidir sobre o assunto.
“Existe um conflito de autoridade, em que todos os setores querem negociar quando foi fechada a porta para uma nova eleição e foi negada a renúncia de McLeod. O grupo (opositor) não queira eleições”, lembrou Villamayor.
A prefeita foi afastada em dezembro do ano passado, quando os vereadores decidiram que ela deveria ser investigada e não cassada.
Ainda segundo o ministro, existe quatro possibilidade para a prefeitura de Cidade do Leste: Celos Miranda, eleito pela Câmara; a própria Sandra McLeod e Herminio Corvalán, da oposição. Por outro lado, os deputados nacionais podem declarar a prefeitura acéfala e convocar uma nova eleição.