O ex-governador do Paraná, Carlos Alberto Richa (Beto Richa), foi preso em casa, em Curitiba, por volta das 7h desta sexta-feira (25). A prisão preventiva, ou seja, tempo indeterminado, é resultado de uma investigação da Polícia Federal e Ministério Público Federal (MPF), que apura supostos crimes na concessão de rodovias no Estado.
A prisão foi decretada pelo juiz Paulo Sérgio Ribeiro, da 23ª Vara Federal de Curitiba, a pedido do MPF. Também foi preso preventivamente Dirceu Pupo Ferreira, contador da ex-primeira dama Fernanda Richa.
Em um trecho da decisão, o juiz afirma que Richa e Ferreira “atuaram de forma deliberada no sentido de influenciar o conteúdo dos depoimentos de testemunhas no contexto de complexa investigação envolvendo esquema de corrupção sistêmica e lavagem de dinheiro”.
O ex-governador é investigado em um desdobramento da Operação Integração, uma das fases da Lava Jato, que investigou a concessão de rodovias.
Em outra operação, em setembro do ano passado, Beto Richa foi preso durante a campanha ao Senado. Ele era investigado pelo Gaeco na Operação Rádio Patrulha, que investiga um esquema de propina para desvio de dinheiro por meio de licitações no programa “Patrulha do Campo”, para recuperação de estradas rurais do estado. Richa ficou preso por quatro dias em uma sala de “Estado Maior” no Regimento de Polícia Montada, em Curitiba. O então candidato foi solto após decisão do ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Gilmar Mendes,