Os presidentes Michel Temer, do Brasil, e Mário Abdo Benitez (Marito), do Paraguai, assinaram nesta sexta-feira (21) a ordem de serviço para a construção de duas pontes entre os dois países, uma entre as cidades de Foz do Iguaçu e Presidente Franco e outra entre Porto Murtinho (MS) e Carmelo Peralta. A solenidade aconteceu no edifício de produção da Usina Hidrelétrica de Itaipu Binacional, em Foz do Iguaçu.
Temer veio à fronteira acompanhado do presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia. Em Foz, a comitiva foi recebida pelo prefeito, Chico Brasileiro e a governadora do Paraná, Cida Borghetti.
Durante o discurso, Temer destacou que este provavelmente seria seu último ato solene como presidente da República e que fecha o governo com “chave de ouro”. Temer lembrou que a primeira visita de Mario Abdo depois de eleito foi uma visita à Brasília. “Estabeleceu-se entre nós uma empatia extraordinária, uma ponte entre nós”.
Marito disse que a construção das pontes é um compromisso e lembrou que em 1984 esteve com o pai, ex-assessor do ditador paraguaio Alfredo Stroessner, no início da operação da usina.
Financiamento
O custo previsto para as duas pontes é de US$ 270 milhões, pouco mais de R$ 1 bilhão, investidos ao longo dos próximos três anos, prazo também previsto para a conclusão das obras. A construção das pontes com recursos de Itaipu foi autorizada pela Advocacia-Geral da União (AGU). A parte paraguaia da usina financiará a construção da ponte no Mato Grosso do Sul e a brasileira entrará com recursos para a ponte em Foz do Iguaçu.
A ponte entre Foz do Iguaçu, pelo bairro Porto Meira e a cidade de Presidente Franco, custará R$ 305,5 milhões, entre a obra da ponte e as desapropriações. Também está previsto R$ 104 milhões para a obra da Perimetral Leste, que irá desviar o trânsito de caminhões do centro de Foz. A expectativa é que a obra seja concluída em até três anos.
Ponte da Amizade
A segunda ponte em Foz do Iguaçu vai aliviar o trânsito de veículos pesados da Ponte da Amizade. A estrutura, que foi inaugurada em 1965, recebe por dia cerca de 40 mil veículos, entre caminhões, ônibus e carro de passeio. A atual ponte será exclusiva para o trânsito de veículos leves e ônibus de turismo.