A Divisão de Combate à Corrupção da Polícia Civil cumpriu um mandado de prisão preventiva e busca e apreensão na manhã desta quarta-feira (26), no prédio da Procuradoria Geral do Município de Foz do Iguaçu. A Operação Rota Oculta investiga suposta fraude em licitação de transporte público escolar na cidade de São Miguel do Iguaçu. O funcionário da prefeitura de Foz é apontado como chefe do esquema.
Segundo a polícia, o homem apontado como chefe do esquema criminoso é um empresário já denunciado pelo Ministério Público Federal (MPF) no âmbito da Operação Nipoti que é um desmembramento da Operação Pecúlio, deflagrada pela Polícia Federal.
O procurador-geral de Foz, Osli Machado, informou que o servidor trabalha na área administrativo disciplinar. “Ele acompanhou a polícia durante o comprimento do mandado. Foram no computador que o rapaz utiliza. A procuradoria e outros servidores não tem nada a ver com isso”, disse.
Investigação
A investigação é do núcleo de Foz do Iguaçu da Divisão de Combate à Corrupção e iniciou-se a partir de denúncias de moradores da cidade de São Miguel do Iguaçu, que fica a 45 quilômetros de Foz do Iguaçu, em que afirmavam haver indícios de irregularidades na quilometragem contratada no serviço de transporte escolar do Município.
A quilometragem contratada por trecho seria maior do que a quilometragem real de cada trecho, o que sugere um superfaturamento em função de quilometragem inexistente. De acordo com a investigação, estima-se que 40% da quilometragem contratada pela prefeitura não é percorrida diariamente pelos veículos, o que representaria cerca de R$ 1,4 milhão de prejuízo aos cofres públicos.