Estudantes de 36 diferentes países, de quatro continentes, inscreveram-se para ingressar nos cursos de graduação da Universidade da Integração Latino-Americana (Unila) em 2019. No total, foram 1737 candidatos que estão concorrendo às vagas que a Universidade oferta para alunos internacionais.
Além do Processo Seletivo Internacional de Estudantes (PSI) – voltado para candidatos latino-americanos – neste ano, a UNILA lançou duas novas formas de ingresso voltadas para estrangeiros: a Seleção de Indígenas e a Seleção para Refugiados e Portadores de Visto Humanitário. Com os novos processos seletivos, a UNILA – que já tem estudantes de 20 países da América Latina – ampliou o seu alcance e recebeu inscrições de candidatos de 16 novas nacionalidades, incluindo países da Áfica, Ásia e Europa.
No PSI, o maior número de inscritos veio da Colômbia (396), Paraguai (259), Venezuela (254), Peru (140), Haiti (125), Nicarágua (76) e Argentina (59). Mas há candidatos de todos os países hispanos da América Latina e também de países que falam inglês, como Belize e Trinidad e Tobago. “Uma das novidades deste ano é que, pela primeira vez, a UNILA permitiu o acesso de candidatos que já estão no Brasil, desde que tenham concluído o Ensino Médio em algum outro país latino-americano. Essa mudança ampliou ainda mais o alcance do PSI”, explica a pró-reitora de Relações Institucionais e Internacionais, Diana Araújo Pereira. No total, foram 1546 inscritos no PSI 2019, quase 50% a mais do que no ano anterior.
Integração além da América Latina
Com a Seleção de Refugiados e Portadores de Visto Humanitário, a UNILA recebeu, pela primeira vez, inscrições de candidatos de outros continentes. Além de alunos de 8 países latino-americanos – que representam 60% dos inscritos nesse processo – há candidatos oriundos de países da África (Angola, Benin, Costa do Marfim, Gana, Guiné-Bissau, República do Congo, Senegal e Uganda), da Ásia (Palestina, Paquistão e Síria) e da Europa (Rússia e Turquia). No total, foram 128 candidatos inscritos. Todos já residem no Brasil e são portadores ou solicitantes de visto de refúgio.
Para a seleção destes estudantes, a UNILA contará com a assessoria jurídica da Missão Paz, uma instituição filantrópica de apoio e acolhimento a imigrantes e refugiados e o apoio de outros órgãos, como a Secretaria Extraordinária de Direitos Humanos e Relações com a Comunidade de Foz do Iguaçu. “A partir do mês de novembro, também estão previstas ações de capacitação dos técnicos e docentes da UNILA, com o objetivo de preparar os servidores para recepcionar e acolher esse novo perfil de ingresso que iremos receber a partir de 2019”, salienta a pró-reitora.
A Universidade também criou uma comissão permanente para facilitação de acesso e acompanhamento dos novos estudantes indígenas que chegarão à UNILA no próximo ano. Na seleção específica para ingresso de alunos de povos indígenas aldeados da América do Sul, foram registrados 195 inscritos. Destes, 123 são brasileiros, mas também há candidatos colombianos (37), paraguaios (17), chilenos (4), argentinos (3) e equatorianos (3).
Fonte: Unila