Microimportadores ilegais continuam protestando no lado paraguaio da fronteira, dificultando o trânsito no acesso à Ponte Internacional da Amizade, entre Foz do Iguaçu e Cidade do Leste. Os “paseros” há uma semana se manifestam contra a uma determinação do governo de tolerância zero ao contrabando e aumento das arrecadações. No último sábado (1), várias acessos a aduana foram fechados e a Polícia Nacional precisou montar guarda para evitar o fechamento da ponte.
A Diretoria Nacional de Aduanas informou que a fiscalização nas fronteiras paraguaias serão mais rigorosas. Desde o último dia 24 de agosto as manifestações se intensificam entre as fronteiras com o Brasil e a Argentina.
Os controles pegaram os os importadores ilegais de surpresa, uma vez que até a semana passada as mercadorias entravam sem pagamento de impostos. Os trabalhadores ilegais chegaram a se reunir com os chefes das aduanas, pedindo um controle mais flexível ou acesso livre pelo menos até o final deste ano, dando tempo de formalização.
Até o final do mês de agosto, a arrecadação aduaneira chegou a um bilhão de guaraníes, pela primeira vez. A Direção de Aduanas informou que esse é um novo record de arrecadação mensal registrado pelo Sistema Informatizado Sofia.
O governo do presidente Mario Abdo Benitez pede que esses trabalhadores se formalizem e se tornem microimportadores. Os “paseros” podem se inscrever em dois tipos de regime, tráfico vecinal fronteiriço e ou despacho de pequena importação. A formalização acontece por meio da Aduana e Ministério da Indústria e Comércio.
De forma legal, cada microimportador poderá comprar do Brasil e da Argentina até 150 dólares, produtos para o consumo familiar. As mercadorias devem ser declaradas ao entrar no país.