Foz do Iguaçu tem um dos maiores PIB per capita, ou seja, a divisão anual das riquezas pelo número de habitantes das áreas de fronteira do País. O PIB per capita do município em 2015, dado mais recente disponível, foi de R$ 45.493,6. O montante é quase o dobro da média das cidades gêmeas, que fica em R$ 26.035,83, e bem acima da média brasileira, de R$ 29.326,37.
O segmento da saúde reflete o favorecimento econômico. O número de internações hospitalares, que em Foz do Iguaçu foi de 47,7 para cada mil habitantes, no ano passado, fica abaixo da média nacional, que é de 51,3 internações. O índice é menor ainda se comparado à média das cidades gêmeas, que é de 56,4 para cada mil habitantes.
Os dados fazem parte do Diagnóstico do Desenvolvimento das Cidades Gêmeas do Brasil, uma radiografia das áreas limítrofes com os países vizinhos, realizado pelo Instituto de Desenvolvimento Econômico e Social de Fronteiras (IDESF). Realizado a partir de indicadores oficiais das áreas de saúde, educação, economia e segurança, o estudo é inédito e traz dados levantados em 32 cidades gêmeas brasileiras, situadas em nove estados.
Conceituam-se como ‘cidades gêmeas’ os municípios situados na linha de fronteira, seca ou fluvial, integrados ou não por obras de infraestrutura, os quais apresentam grande potencial de integração econômica e cultural. Do Paraná, além de Foz foram incluídas no estudo as cidades gêmeas de Barracão, Guaíra e Santo Antônio do Sudoeste.
“Foz é a cidade com mais autonomia financeira da fronteira brasileira. O grau de dependência do município de repasses federais e estaduais é de 56,28%, o menor entre as cidades gêmeas. Uma condição sustentada, principalmente, pelo desenvolvimento turístico e por Itaipu”, avalia o presidente do IDESF, Luciano Stremel Barros.
Este é o segundo diagnóstico sobre o desenvolvimento das áreas fronteiriças realizados pelo IDESF. O levantamento de dados das fronteiras foi enviado pelo Instituto para todos os candidatos à presidência da República. “O objetivo do Instituto com este trabalho é ele seja utilizado como ferramenta para governos e entidades civis proporem políticas públicas de desenvolvimento para as regiões esquecidas das fronteiras”, afirmou Luciano Barros.
O estudo completo pode ser acessado no site http://www.idesf.org.br/2018/08/27/diagnostico-do-desenvolvimento-das-cidades-gemeas-do-brasil/
Sobre o IDESF – O IDESF é uma instituição sem fins lucrativos, com sede em Foz do Iguaçu (PR), fundada com objetivo de criar mecanismos para promoção da igualdade e da integração entre as regiões de fronteira, para o fortalecimento das relações políticas, sociais e econômicas e para o combate aos problemas próprios destas regiões, por meio de estudos, ações e projetos e através de parcerias públicas e privadas.
Assessoria