Comemorado de diferentes formas ao redor do mundo, o Dia das Crianças também tem significados distintos para as nações que celebram essa data. No Brasil, por exemplo, a data estipulada dia 12 de outubro pelo médico e político Galdino do Valle Filho tem tom de comemoração, mas, para o vizinho Paraguai, o contexto é de condolências e homenagem.
Durante a Guerra do Paraguai contra a Tríplice Aliança (Brasil, Uruguai e Argentina), após a população masculina do país ter sido praticamente dizimada, milhares de crianças foram enviadas para lutar com soldados inimigos.
O evento mais emblemático desse fato ocorreu na Batalha de Acosta Ñu, em 16 de agosto de 1869, na qual cerca de 500 meninos foram massacrados pelas tropas aliadas, comandadas pelo Conde D’Eu. A data ficou conhecida historicamente como o maior infanticídio da América Latina – e é celebrada como Dia das Crianças, como homenagem aos “meninos mártires“.
A Batalha de Acosta Ñu, entre outros episódios marcantes do conflito que uniu três nações sul-americanas contra o Paraguai de Francisco Solano López, é o pano de fundo que levou o jornalista e escritor Paulo Stucchi a desenvolver a trama da obra Menina.
O livro descreve o tocante laço de amizade entre um soldado negro, ex-escravo e desertor do exército imperial brasileiro, e uma menina órfã guarani, durante uma sangrenta jornada de redenção e união. Ambos lutam para sobreviver e chegar a Assunção, capital do país, em segurança, enquanto são perseguidos por um grupo de homens sedento por vingança.
A extensa pesquisa do jornalista sobre o assunto durou três anos, incluindo viagens ao interior do Paraguai e entrevistas com historiadores da país vizinho. Com versão física esgotada e, agora, lançamento e-book na Amazon, Menina leva aos leitores a emocionante narrativa de um dos contextos mais tristes da humanidade: a guerra, que atinge de modo indiscriminado inocentes, mata sonhos e destrói famílias.
O livro está disponível na versão digital na Amazon e custa R$ 9,90.
Com assessoria