Polo do agronegócio paranaense, Cascavel consolida-se também como centro de referência na área médica, com destaque para a área de oftalmologia, que entre outros avanços, comemora o fim das longas filas, reduzindo o tempo de espera pelas córneas ao espaço suficiente para a tramitação dos processos legais junto à Central de Transplante, administrada pela Secretaria Estadual de Saúde.
Segundo a médica oftalmologista Selma Miyazaki, este cenário vem sendo construído ao longo dos últimos anos pelo Banco de Olhos de Cascavel, que é mantido pelo Hospital de Olhos de Cascavel. Com apoio de médicos e enfermeiros de Hospitais e Clínicas, Acesc, IML, SVOR e Clubes de Serviço de Cascavel, Foz do Iguaçu, Francisco Beltrão e Pato Branco, o Banco vem conquistando crescente ampliação do número de doações.
Estatística que acaba de ser divulgada pela Anvisa indica que de janeiro a março deste ano, o Banco realizou 104 captações, além de outras 87 no período de abril a junho. Nos mesmos períodos, o Banco encaminhou para transplantes, atendendo a indicação da Central administrada pela Central Estadual de Transplantes, 89 e 108 córneas, respectivamente.
As córneas são coletadas por profissionais da área de Saúde que receberam treinamento técnico do Banco de Olhos de Cascavel. Após tratadas e acondicionadas, todas elas são colocadas à disposição da Central Estadual de Transplantes que lhes dá a destinação de acordo com a fila única de espera. Neste ano, 37 córneas entre todas as captadas foram transplantadas em pacientes do Hospital de Olhos de Cascavel. As demais foram repassadas a outros centros transplantadores, atendendo sempre à escala da Central de Transplantes.
A oftalmologista e diretora técnica do Banco de Olhos, Selma Miyazaki destaca que estes resultados refletem a sensibilização da Comunidade das regiões Oeste e Sudoeste do Paraná. “O Banco é mantido pelo Hospital de Olhos de Cascavel, mas pertence de fato a todas as pessoas de boa vontade, que acreditam que ao partir desta vida, podemos deixar bem mais que um rastro de saudades. Que parte de nós pode continuar vivendo nos olhos de outras pessoas”, resume Selma Miyazaki.
Assessoria