Cerca de 15 mil brasileiros estudam atualmente em universidades privadas de Cidade do Leste e Presidente Franco, segundo dados da Diretoria Regional de Migração do Paraguai. Cada universitário gasta, em média, mil dólares por mês, o que representa US$ 180 milhões ao ano.
Estes brasileiros decidiram migrar para o Paraguai em busca dos cursos de medicina e enfermagem, com mensalidades em média seis vezes mais baratas que em universidades privadas brasileiras. Ao final do curso, os estudantes tentam revalidar o diploma no Brasil. A revalidação cumpre uma série de etapas e pode levar até dois anos.
Ainda de acordo com a Diretoria de Migração a metade desses estudantes estrangeiros estão no país de maneira irregular, por falta de documento migratório.
Segundo pesquisa feita pelo economista Daniel Pereira Mujica, de Cidade do Leste, estes mil dólares (cerca de R$ 4 mil), são gastos em aluguel, transporte, alimentação, mensalidade da universidade, livros e lazer.
Mujica entende que essa migração representa uma grande oportunidade para o desenvolvimento da região. “Se estão dando renda imobiliária ao redor das universidades, isso tem um efeito multiplicador importante, para construtoras, lojas de materiais de construção e arquitetos. Além da área de alimentação.
O economista ressaltou ainda, que se deve melhorar o nível acadêmico, sendo esse um desafio para o Conselho Nacional de Educação Superior e Agência Nacional de Avaliação e Creditação da Educação Superior. “Não devemos ver apenas o aspecto mercantilista, de lucro, mas sim uma oportunidade para melhorar nosso nível acadêmico”, afirmou.