O helicóptero, modelo AS 350 B2, é o mais indicado para operações aéreas de segurança pública, sendo tradicionalmente utilizado por quase todas as polícias do Brasil e do mundo. “É um importante instrumento que vai dar mais agilidade no monitoramento e mais rapidez no serviço prestado na tríplice fronteira. Além disso, dará também mais segurança para quem vive nas cidades da região”, disse Cida.
O secretário de Estado de Segurança Pública, Júlio Reis, lembrou que o helicóptero, que foi locado para uso exclusivo da polícia pelo período de 12 meses, totalizando 420 horas anuais, vai atuar em todo o Paraná. “A ênfase, no entanto, será nessa região de fronteira, pela razão de termos outras aeronaves que dão suporte para as outras regiões”, disse.
Para o prefeito de Foz do Iguaçu, Chico Brasileiro, a fronteira é uma área estratégica e a ação das policias precisa muito de instrumentos, principalmente, aéreo. “Esse equipamento vai contribuir na operacionalização mais adequada da vigilância e monitoramento da fronteira. Ele é fundamental para o trabalho das forças de segurança, um investimento acertado e que trará um ganho significativo para o Paraná e para o Brasil”, afirmou.
O Paraná possui 139 municípios na faixa de fronteira, com 447 quilômetros de extensão, além do lago de Itaipu, que possui na margem brasileira 1,4 mil quilômetros, abrangendo 16 cidades.
CARACTERÍSTICAS – A aeronave possui capacidade plena para dois pilotos e quatro passageiros e autonomia de três horas de voo. Além disso, consegue facilmente se deslocar de forma rápida, atingindo a localidade mais distante do Paraná em aproximadamente 2h30. A potência do motor contribui para operações em regiões com temperaturas elevadas, a exemplo região oeste do Paraná, e propicia pousos e decolagens em locais em vários locais, bem como maior capacidade operativa policial.
“Sua versatilidade, acompanhada dos equipamentos a bordo, como por exemplo farol de busca, auxilia muito as operações mais complexas em ambientes ermos e escuros”, disse o coordenador do Grupamento de Operações Aéreas (GOA), o delegado Renato Coelho de Jesus.
REUNIÃO – Durante a 2.ª reunião do Gabinete de Gestão Integrada de Fronteira (GGIFRON-PR), foram apresentados projetos para a faixa de fronteira do Estado, uma apresentação sobre a Operação Esforço Integrado e a reunião das Câmaras Técnicas de Prevenção e Inteligência.
Para Cida, essas reuniões são importantes para integrar as forças policiais. “Elas ampliam a discussão e o diálogo permanente entre nossas equipes de segurança pública, gerando comentários, informações e propostas para ampliar e melhorar ainda mais a condição de enfrentamento a crimes e violência na fronteira”, disse ela.
Segundo o o secretário estadual da Segurança Pública, Júlio Reis, existem alguns planos operacionais para aérea da fronteira e “é isso que discutimos na reunião, além de organizar e dar direcionamento aos trabalhos.
As reuniões do GGIFron ocorrem periodicamente em municípios do Oeste e do Sudoeste do Estado para discutir ações conjuntas entre as forças policiais. Para a comandante-geral da Polícia Militar, coronel Audilene Dias Rocha, esses encontros são essenciais para a troca de informação. “São momentos para Identificar como melhor desenvolver o trabalho, utilizando todo o sistema de segurança, tanto federal, quanto estadual de municipal, visando sempre oferecer um melhor serviço à população”, afirmou.
Criado em abril de 2011 pelo Governo Federal,, o GGIFron integra forças de segurança federais, estaduais e municipais para o estabelecimento de estratégias e operações para o combate à criminalidade na região de fronteira.
GOA – O GOA da Polícia Civil do Paraná foi criado em junho de 2016 e em 2017 inaugurou um hangar no Aeroporto do Bacacheri, em Curitiba. A organização dá suporte às ações policiais em cidades, áreas rurais, litoral e, principalmente, na região de fronteira.
A aeronave do grupamento serve também para o transporte a locais de difícil acesso durante operações, monitoramento, no apoio de ações de inteligência e outras atribuições definidas pelo polícia judiciária do Paraná. Entre tripulantes e pilotos, doze policiais civis integram a unidade especializada.
Desde o início das atividades, já realizou 636 voos em todo o Paraná, acumulando 777,7 horas de voo.
AEN