O projeto de Saneamento Ambiental realizado pelo Parque Tecnológico Itaipu (PTI), Itaipu Binacional e Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) com os municípios que fazem parte do Consórcio Intermunicipal para o Desenvolvimento Econômico, Social, Educacional e Cultural Sustentável do Oeste do Paraná (Cidersop), entra para a terceira etapa de implantação. Prefeitos, vice-prefeitos e representantes de áreas de agricultura e meio ambiente dos municípios de abrangência do consórcio estiveram reunidos, na tarde da última quinta-feira (26), no PTI.
O encontro foi ministrado pela engenheira sanitarista do PTI, Renata Saviato Dias. Segundo ela, as discussões sobre a gestão associada são importantes porque tratam da previsão de cenários futuros para o gerenciamento dos resíduos sólidos, “com o intuito de planejar ações consorciadas ou compartilhadas, como no caso da disposição final adequada dos rejeitos e reciclagem, com inclusão de catadores de materiais recicláveis”, observa a engenheira.
O Plano Intermunicipal de Gestão Integrada de Resíduos Sólidos (PIGIRS) engloba três fases e sete etapas, realizadas em sete municípios do Oeste: Ramilândia, Matelândia, Diamante do Oeste, Vera Cruz do Oeste, Ouro Verde do Oeste, São Pedro do Iguaçu e São José das Palmeiras. O processo de diagnóstico já foi concluído em todos. O consórcio engloba ainda Céu Azul, que se integrou ao Cidersop recentemente.
O papel do PTI e da Itaipu tem sido de apoiar as prefeituras na revisão, elaboração e reestruturação dos Planos Municipais de Saneamento Básico e Gestão de Resíduos Sólidos, visando o desenvolvimento sustentável, social e econômico da região Oeste do Paraná.
“Isso significa trabalhar tanto na promoção econômica, mas também social e ambiental. Essa discussão é resultado de quatro anos de trabalho, oferecendo aos municípios o debate do que seja o saneamento básico, como se compõe e, em especial, apresentar aos municípios como os resíduos sólidos devem ser tratados”, afirma João José Passini, gestor do programa de Resíduos Sólidos da Itaipu.
Passini conta que, além do material orgânico, o programa engloba também a destinação correta dos materiais recicláveis, para que retornem à economia. “Isso para que sejam triados nas bases, bem recolhidos pelos municípios e levados para barracões de recicláveis, indo para o destino correto”, diz o gestor.
Segundo Passini, depois de apresentar o diagnóstico aos municípios é necessária a discussão de soluções. Desse projeto com o Cidersop a Itaipu entrou com 75% de recursos, ficando os municípios responsáveis pelos 25% como contrapartida.
“Foram em torno de R$ 225 mil nessa primeira etapa para a elaboração do Plano, uma parceria Itaipu, PTI e Municípios, que representa um grande compromisso. Para as seguintes etapas, essa parceria prevê a construção ou reforma de barracões e o aparelhamento desses locais, ações que serão executadas pelos municípios, mas com recursos da Itaipu e das prefeituras. A Itaipu também continuará com o apoio no processo de gestão, capacitações de agentes ambientais, de gestores, e formações. Um grande programa que envolve várias áreas da Itaipu, do PTI e envolve várias áreas das prefeituras da região”, ressalta Passini.
Próxima etapa
De acordo com a engenheira sanitarista do PTI, novos encontros como esse serão realizados para otimizar as etapas de execução dos diagnósticos.
“Definimos os cenários almejados para a gestão consorciada com o intuito de solucionar os empasses diagnosticados e que agora serão detalhados técnica e financeiramente para a próxima sessão de discussões”, avalia Renata Dias.
Fotos: Kiko Sierich/PTI.